Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

domingo, 16 de setembro de 2007

Sopro da Vida

Quando sopraste em mim a vida,
tremi, ante a primeira batida
de um coração pequeno, inconstante e frio.
De lá para cá, já fui tudo quanto poderia querer.

Fui escravo, fui algoz,
fui bonzinho, fui atroz
Caminhei perante tumbas
e protegi faraós.

Maltratei, espanquei e apedrejei.
Me humilhei, apanhei e fui linxado.
E nunca fui coitado.
Nunca fui coitado.

Fui poeta e fui atleta,
Vagabundo, trabalhador.
Já fui rei, já fui plebeu.

Fui comadre, fui ateu,
Fui bandido e fui juiz.
Confessei os meus pecados
e pequei aos réus confessos.

Agora espero, vibrante,
Pela segunda batida
de um coração grande, vitorioso e borbulhante.

A Divisa

Há uma tênue linha chamada distância
que nos arrebata para longe...
Há uma tênue linha chamada inconstância
que nos afasta de nossos sonhos.

Há uma tênue linha, uma tênue linha
que nos limita, ante o ilimitado.

Há uma tênue linha chamada gratidão,
que nos dá pão, alegria, perdão.
Há uma tênue linha chamada amor,
que suspira, transpira, transforma.

Há uma tênue linha, uma tênue e imaginária linha
Entre você e o Universo.

sábado, 15 de setembro de 2007

Thelema

Enquanto carregas teu nome,
te mostra grande como és.
Honra os segredos que receber
e firma na vontade os teus pés.

No sorriso afável dos prazeres
Teu lema é Thelema.
No curativo amargo dos sofreres.
Teu lema é Thelema.

Vontade em Cristo, consciente
inda que coroado de espinhos,
ame sempre essa gente.

É na Vontade do Espírito
que formarás teu plantel.
É no sussurro amigo da Luz,
que encontrarás teu alento.

Cavalgue eternamente, com sorriso no peito.
Sua certeza é a contância final,
e teu lema, meu filho,
É Thelema. Thelema.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Tempo Esquecido

Há um tempo, no meio do tempo.
Um tempo que não volta mais.
O tempo da fruta madura, colhida no pé,
da criança pura, que voava a pé.

De abrir os braços pro tempo
e abraçar o momento.
E esse tempo, que não volta mais,
onde foi que se escondeu?

Será que não percebeu
— esse tempo —
que o esconde-esconde acabou?
Que a bola já murchou?

Ah, esse tempo, esse tempo,
Sempre tão desatento,
Deixou uma bagunça pra trás.
— Acho que mamãe vai brigar! —