Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chronnos

Ah, Tempo, Tempo,
Quem poderá dobrar-te os ponteiros?
Quem poderá privar-te do domínio?
Resta a nós mortais a Paciência, bela Virtude.

Parceiro inabalável da morte,
Sem a qual perderia sua influência sobre a Mente Humana,
Sois tu inabalável e constante em sua missão de lembrar que,
Cedo ou tarde, inefavelmente, até as estrelas se transformam em Poeira.

Ah, Tempo, Tempo,
giram teus ponteiros, transformando dias em noites,
Correm tuas areias, transformando verões em invernos,
Movem-se tuas sombras, transformando anos em milênios.

E imutável, constante e impecável,
Continua eterno e jovial o Tempo,
A conduzir sementes e civilizações
Do Pó à Plenitude, e de volta ao Pó.

sábado, 24 de novembro de 2012

Saudades de Lídia

Ah Lídia, quisera todas as mulheres fossem como tu
que em outra vida, foi-me amada consorte.
E se fossem elas, calmas e plácidas como tu,
Teríamos, todos os homens do mundo, infinita sorte.

Saudade da época em que para sermos felizes,
Em nossa poesia natural, sentávamos de mãos dadas
E víamos transcorrer o rio, e rolar as águas,
E ouvíamos os pássaros cantarem e víamos as borboletas voarem.

Sem métrica, ou sentimentalismo.
Natural como a Natureza, sutil como a certeza
que só nós tínhamos, de que aquele momento nos faria eternos.
E veja você, Lídia, ele já correu os séculos.

Mas as mulheres de hoje, não são como tu.
São quase todas frágeis, em suas casca de coragem,
E por temerem a dor, se renegam a Felicidade.
E com medo do abandono, se agarram à individualidade.

Ah Lídia, quisera poder expressar-me em fala reta...
Mas sequer uso a prosa para dizer o que sinto,
E então é nessa metáfora d'outra vida (será?),
que me vejo livre para esconder meus pensamentos.