Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Senda do fio da navalha

Somos adoradores
da cúbica rocha.
Somos os conservadores
da eterna tocha

Na divina cruz,
sustenta-se nossa fé.
E é a trindade de luz,
o que nos mantém em pé

A força do Homem
e o amor da Mulher...
Eterna dualidade que,
resumida à unidade,
forma três.

Vinde e dê-me tua mão
Sigamos juntos,
Rumo à ascenção
Pois lá não se chega só

Façamo-nos pó!
E transmutemos
chumbo em ouro
Para ajudar todos os irmãos
A se livrarem do mau agouro

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Não te aguento mais!

NÃO TE AGUENTO MAIS!
Não mais suporto,
Teus sim e teus não,
Teu bom e teu ruim,
Teu "isso é assim!"

Cansei dos teus quero ou não quero
Desse teu (falso) esmero,
Do teu rosto torcido
do teu bolso falido

Me enojam,
Teus olhos, insãos,
Teus gritos, em vão
Teu beijo impuro
E todo teu orgulho

Me surpreende
Essa tua cara de louco!
Tudo isso, e mais um pouco

Por que não explodes?
MIKHAEL!

sábado, 28 de outubro de 2006

Se eu morrer amanhã...

Se eu morrer amanhã,
Por favor, em meu enterro,
Não citem meus (raros) atos sãos.
Falem da minha loucura

Se eu morrer amanhã,
Os que detém meus segredos,
Por favor, revelem-nos
A todos que for relevante

Se eu morrer amanhã,
Não me pintem belo, alegre,
Cheio de futuro e visão
Pintem-me como sou.
Vil, triste e cego.

Se eu morrer amanhã,
De nada me fará diferença
Elogiarem ou criticarem,
Não quero ser um grande morto,
Quero ser morto, e só.

Assim, finalmente,
ao menos em morte,
serei aquilo que sempre,
em vida, almejei ser:
Aquilo que sou no momento...

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Da mais alta janela da minha casa

É lei, neste blog, postar somente escritos meus, Mas hoje quebro esta lei, quebro e não quebro, pois esta poesia faz parte de tantos dos meus eus, que é quase outro de mim. Esta poesia, ah esta poesia, não sei que seria de mim sem esta poesia... nem é grande coisa! Alguns dirão, mas naquela manhã, para o garoto de 8 anos, que, há 10 anos ou mais lia e relia e tre e tetralia aquela poesia, foi grande coisa, foi, é e será, eternamente, a que marcou minha iniciação. a que me batisou, minha poesia-madrinha... com vocês, Pessoa

Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a Humanidade.

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.

Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.

Quem sabe quem os terá?
Quem sabe a que mãos irão?

Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.

Ide, ide de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.

Passo e fico, como o Universo.

Tu

***Para todas as mulheres, mas, ao mesmo tempo, para uma só.***


Andei a pensar no que me dissestes, sobre não poderdes inspirar... e devo dizer que concordo! Não poderia mesmo, o melhor dos poetas, inspirar-se em ti, mulher.
Inspirar-se, em algo ou alguém, é usar disto para encontrar a inspiração. É como usar uma droga para encontrar prazer. um meio, e não um fim.
E justamente por isso, não poderiamos, eu nem ninguém, nos inspirar-mos em ti. Pois tu não és meio, senão fim.
És a inspiração propriamente dita, minha cara. É isso que as mulheres são, INSPIRAÇÂO. Todos os poetas, de todos os tempos, usaram da mulher, em todos os seus aspectos. Alguns usaram do sexo, e disso não passaram. Poesia banal, essa que fala do prazer sexual, mas inegavelmente fala da mulher. Outros usaram de teu corpo, de teus seios, e até, mais sublimemente, do teu olhar e teus perfumes. Poesia ainda meramente carnal, mas já me servi tanto destas que tenho que aceitar seu grande valor.
Porém, hoje, ao rabiscar estas palavras, bebo da fonte primeira da inspiração. Bebo diretamente da alma da mulher.
A alma da mulher é a alma do poeta, posto que é o mais próximo de Deus que o poeta poderia chegar neste mundo. A alma da mulher não transcende, feito a do homem, ela é a própria transcedência. É a nascente de todo rio, e a faísca de todo fogo. É a pedra-fundamental de toda obra, e é o ar, que permite ao obreiro construir.
Tu choras, por crer-se pouco, e isso só te faz mais do que já és. A única mulher em que poeta algum encontra inspiração, é aquela mulher amarga, de cara amarrada. Nelas, nem inspiração sexual existe, pois se afastaram delas mesmas, e por isso soam tão poéticas quanto a fedentina. Estas buscam ofuscar-se com brilhos e brilhantes.
Portanto, se não lhe deram o valor devido, mulher, não te creias desprovida do mesmo. Não te sustentes nos erros de outros para que erres também, perdoe-os, não sabem o que fazem!

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Sobre tristeza e felicidade

Há um bom tempo atrás, mais de 4 meses já, tivemos no CNSC a Semana Xamânica... de 15 a 18/06... no penúltimo ritual, no sábado à noite, as mulheres subiram para a tenda do suor, a sagrada INIPI. e nós, os irmãos, fizemos um trabalho bem solto, quem queria bailar, bailava, quem queria ficar na fogueira, ficava, quem queria se concentrar, concentrava.
Acho que foi a união de tanto tempo em ritual juntos, ou quem sabe foi só o amor mesmo, mas aquele foi efetivamente o dia mais feliz da minha vida! ali eu balei e abracei aimgos de outras vidas, e agora, desta também, mas amigos de verdade, guerreiros de uma frente de batalha, que eu sei, estarão sempre a meu lado quando eu precisar de ajuda, quem tava lá sabe.
Quando eu cheguei em casa, evidentemente, corri escrever sobre aquele bailar, aquele flutuar entremeado de abraços, os mais gostosos que já dei. mas não consegui. as palavras não fluíam, e se fluíam, eram ralas, não preenchiam todo meu sentimento. terminei desistindo.
Mas aquilo me marcou, marcou profundamente. Não entendia o motivo de não conseguir escrever sobre aquilo quando na minha mente, no momento, eu só gritava: QUÃO POÉTICO TUDO ISSO! O tempo foi passando e como sempre, nos esquecemos das coisas... dos bons sentimentos do espírito, de wakan tanka, e vamos caindo no ego, e bate a tristeza de vez em quando... e nesses dias de tristeza eu escrevo super bem.
Ao notar isso, conversando com uma amiga hoje, ela me disse: "talvez a tristeza seja a beleza da vida". Me recusei a aceitar e respondi: "eu num concordo não... acho que a beleza da vida é um bom ritual xamãnico de bailado, é tão belo, mas tão belo, a felicidade que explode a cada abraço num amigo, que eu tentei por em palavras e nada saiu tão colorido quanto é de verdade."
Essa resposta me veio acompanhada de uma luz, que me explicou o motivo tão estranho de a tristeza ser mais dada a poesia que a felicidade.
É O COLORIDO!!!
Os momentos realmente felizes da vida, são tão coloridos, mas tão coloridos, que é impossível "Pintá-los em palavras".
dá pra pintar a paixão, dá pra pintar o desejo e pintar as lágrimas, mas por que é tudo carnal, meramente egóico. e palavras são superiores à carne, mas não ao espirito, acho que é por isso que felicidade não se poetisa. felicidade, plena e verdadeira, é só espiritual, só se sente, só sabe quem já teve. Poetas transcrevem sentimentos, felicidade não é sentimento, sentimento é mera liberação de toxinas no corpo físico. felicidade é em todos os corpos, e não pode ser descrita!

abraços e mais abraços,
Mikha dos Lakota!

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Para minha Isis

Meu grito, para muitos, soa pleno, verdejante. Como a selva amazônica, aparenta ser um labirinto do qual, o entrar, espontâneamente, não mais se quererá sair.
Mas ao estudá-lo mais profundamente, ao adentrar tão belo bosque, e ir, aos poucos, nele se perdendo, a ele se entregando, bate desespero inigualável!
Primeiro é o solo, que, daquela terra úmida, gostosa, vai se esvaindo, virando terreno arenoso. Depois é a vez da vegetação, hora bela e cheirosa, que vai murchando, involuindo. Até que, por fim, o sol escaldante de um mórbido Saara toma conta, e nem o grito nem o vento se ouvem. Vazio.
Porém, já é tarde, já se ama tanto o bosque, que o deseto, que vem por consequência, também é amado.
E aos poucos tu entenderá, minha divina, que cabe a ti, e só a ti, regar, com teu carinho, meu deserto. Que está em suas mãos o poder para transmutá-lo floresta novamente, enchendo meus rios, avivando meu fogo.
Quando entenderdes, limparei, como outras vezes já limpei, toda erva daninha que em nosso bosque ousar nascer, até que estas, por desistência, retirem-se por completo. Aí então, e tão somente após tudo isso, estaremos livres para viver a vida, propriamente dita.

sábado, 21 de outubro de 2006

Outras vidas, Mesmas saudades

Sinto saudades...
Saudades daquele tempo,
Que já nem sei qual é!

Saudades daquele templo,
Que nem me lembro qual...
Saudades daquela casta,
Saudades daquela tribo,
Saudades daquelas tardes,
de verão, ensolaradas

Saudades de outros tempos,
cujos só me restam, na memória
Saudades... nada mais.

Meta-poesia

A poesia que muta,
cuja meta, transmuta.

A poesia que escuta,
pra depois ser ouvida.

A poesia que olvida
a paixão mais antiga.

A meta, poesia,
a Meta-poesia

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Realidades

A velha que sorri,
sentada na calçada,
ante as amarguras da vida

O pintor, não o de telas, o de paredes
com a cara manchada de tinta
não pela alegria descontrolada.
mas como resultado do ofício,
hora tão belo, hoje, leve resquício

Não nos alegra
por sua alegria em si,
mas por uma sobreposição de opostos,
de metades diferentes.

São assim, todas essas gentes,
todo esse cotidiano,
que nos mostram todas as vezes
que pendemos ao engano.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Tempo

Ah! Se o tempo
fosse contado em poesia
Se cada hora fosse um verso
e cada estrofe fosse um dia

O Big-ben seria em Portugal,
e meu coração,
um relógio digital
Se o tempo
Fosse contado em poesia

Ah! Se o tempo
Fosse contado em poesia
Pessoa seria meio-dia
e a noite, ah, a noite,
Seria aprazível regalia

Absolutamente tudo no mundo,
mudaria
Mas nosso beijo,
permaneceria eterno
Se o tempo,
Fosse contado em poesia

sábado, 14 de outubro de 2006

Versos

Quando aumentam,
Diminuem...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Queria compor-te um fado

Queria compor-te um fado
Mas todo meu lirsmo,
ainda que vasto,
Não é português...

Queria compor-te um fado,
Mas nosso destino já está composto!
As tabernas estão fechadas,
E eu, nem sou tão mal-amado

Queria compor-te um fado
Parar tocar-te as cordas do coração
O mais lindo e amado
Mas os Açores já me são distantes...

Queria compor-te um fado,
Como em outra vida o compûs
Mas já não sou português,
e aquele vinho, do porto,
Não é mais encontrado

Queria compor-te um fado,
Mas me falta a inspiração
E o verso mais profundo que compûs,
Já não enxerga a luz...

Queria compor-te um fado,
Um como seu sorriso, encantado
Mas portugal já se morre em mim
E só me resta o mal, o mal, o mal...

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Aqui e lá

Lá fora os carros passam,
Impassíveis,
Lá fora, criançam passam fome,
invisíveis

Lá fora, apenas mulheres
insensíveis
Lá fora, só restam menestréis
risíveis

Aqui dentro, os caminhões me atropelam
sensíveis
Aqui dentro, crianças choram
birrentas

Aqui dentro, apenas mulheres
terríveis
Aqui dentro, SE restam poetas
estas, são certamente,
horas incertas

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

não é gripe

A garganta é inflamada
A cabeça, inchada
...
O nariz que me renega,
e a fome que me falta.

Mas não é gripe...
é amor.
Sofrer por amor não é amar.
então acredito que realmente,
sou, só, mais um literato....
hoje não é poesia que escrevo, ainda que lírico, o texto será desagradável e moribundo. Moribundo como o é minha inspiração, em dias como este, tristes, solitários... Desagradável como a poesia ultra-romântica finada em morte.

tudo aquilo que, nos últimos dias senti, aqui relatei em forma rimada, descontrolada. Mas agora, parece que acabou, que a fonte secou, e só restam palavras vazias, e umas poucas regalias. uma delas é poder me declarar, e ainda assim, o negar. Mas hoje é um dia triste, falemos de tristezas, não de, ainda que poucas, belezas.

Portanto, falarei do que me falta.
Me falta decalamar, cansei de digitar.
Me falta apaixonar, cansei de, simplesmente, amar.
Me falta aquecer, cansei de só querer...

Me faltam as certezas, me sobram as tristezas
Me faltam sentimentos, me sobram os momentos.
Me falta uma palavras, me sobram outras mil
Me falta o teu sim, generoso e gentil.
Me falta a rima boa, o verso do poeta de portugal.

Me falta o grito de basta, me falta a mulher, casta.
Me falta um sorriso, me falta um beijo.
Me falta algo sagrado, me sobra um desejo
e já que me toca falar, falarei dos desejos

Desejo nossa casa, ao pé da serra fria, com um fogão a lenha. Desejo tambores no quintal, Desejo nossos amigos comendo, e eu de avental. desejo teu sorriso toda manhã, e tua pele. Desejo, e não o nego, teu corpo belo, desejo castidade, e outras coisas que divergem entre si.

Mas enfim, desejos são desejos, e de nada servem senão preencher vazios. vazios são segredos, que preenchem todo universo. qual dos dois prefiro, não posso afirmar, tenho vazios e desejos, e tenho vazios desejosos, e desejos vazios...

Mas só a tristeza, hoje, me completa. hoje nada me resta. pois fora essa enxaqueca, é só tristeza. esse nariz trancado e as lágrimas que escorrem. só tristeza, tristeza e um pouco mais... tristeza!

E depois de terminar este texto, eu entendo aquilo que me disseram um dia:
Disse Deus:
"Palavras em tuas mãos são armas, meu filho! use-as a seu bel prazer..."

Hoje sirvo ao mim mesmo, hoje me entrego de cabeça, estas palavras porcas, que expressam tristeza, aqui ficarão. mas para lembrar-me que erros e mais erros virão.

sábado, 7 de outubro de 2006

Vidas Passadas

Nossas vidas,
São passadas
E esta, meu bem,
será também!

Por tantas vezes
nos encontramos
E em todas suspiramos
O suspiro de um amor sincero

Vivemos na índia
Honrando os Devas,
Vivemos nas trevas

Vivemos em tribos
Tocando tambores
Sofremos as dores

Vivemos na europa
estudamos magia,
em meio à anomalia

Mas nossas vidas,
São Passadas
E esta, meu bem,
Será também!

Em todas as vidas,
Nos perseguiram,
E em todas,
Nos perseguirão

Ouvimos os uivos,
Viramos os lobos
Queimamos no fogo...

E novamente
O faremos,
Tudo de novo...
Nada de novo...

Mas nossas vidas,
São passadas
E esta, meu bem,
será também!

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Bossa do desiludido

tu me disseste
Sou sua,
É seu o meu coração
E a lua
Eu disse não

Você disse me veste!
Eu gritei rua
Você me beijou
Me ama!
me implorou

retruquei, não posso, já amo,
Tu disse:
o amor é cigano!
E pra cama me empurrou

Eu chorei e disse:
Não!
cigana, ó infame,
é a paixão!
a carne e a fome

O amor é eterno
É fogo divino
que arde no inverno,
no velho e no menino

Tu não vais vencer,
pobre profana
o amor não pode morrer
Você que se engana...

As regalias do caminho

Ah... as regalias do caminho...
As flores na beirada...
os amigos de estrada,
que nos trazem um pouco de carinho

Ah, as regalias do caminho...
Os sonhos encantados,
Os poemas apaixonados

São eles que nos ajudam a continuar...
Em cada tropeço, se reerguer...
E cada vez mais, crescer
lembrando sempre de não se identificar...

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Teus fios dourados

Teus fios dourados,
Espalhados
Teus olhos vidrados,
encantados.

Nossos beijos apaixonantes,
infantes
Nossa dança enebriante,
Flutuante.

Meu sorriso indiscreto
direto
Minha vida, minha alma
calma...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Te quero

Enquanto tantos querem tua alma,
Eu, que a possuo,
Estou perdendo a calma
Pois sou mortal!
Sou carnal!

Quero tua pele
Nos meus lençóis de seda
Quero, abraçado a tí,
seguir esta vereda...

Mas esse dia não chega!
E o tempo me enrola,
Esse ponteiro me cega!
Eu tento não dar bola

Mas é tarde demais
Já te amo,
e quem ama,
Quer sempre mais!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Poesia

A luz que batia em teu rosto
Enquanto você dormia:
Poesia

O sol que nasce na praia,
E o mergulho que me resfria:
Poesia

O xamã que canta na chuva.
Mil cânticos de euforia:
Poesia

Poesia, Poesia,
O fogo que queima no homem
Que mata o homem em vida
Poesia

domingo, 1 de outubro de 2006

Aos mil de mim

Aos mil de mim,
Diabos senhores.
Aos que me vendi:
Não esperem grandes coisas

Aos mil de mim,
Futuros escravos.
Aos que serão aniquilados:
Seu destino é a poeira

Aos mil de mim,
que me fazem mortificado.
Aos pré-conceituados:
Terei meu fogo avivado

Aos mil de mim,
de destino incerto.
Aos que serão carvão:
No fogo divino, eus,
Vocês queimarão!