Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

hoje não é poesia que escrevo, ainda que lírico, o texto será desagradável e moribundo. Moribundo como o é minha inspiração, em dias como este, tristes, solitários... Desagradável como a poesia ultra-romântica finada em morte.

tudo aquilo que, nos últimos dias senti, aqui relatei em forma rimada, descontrolada. Mas agora, parece que acabou, que a fonte secou, e só restam palavras vazias, e umas poucas regalias. uma delas é poder me declarar, e ainda assim, o negar. Mas hoje é um dia triste, falemos de tristezas, não de, ainda que poucas, belezas.

Portanto, falarei do que me falta.
Me falta decalamar, cansei de digitar.
Me falta apaixonar, cansei de, simplesmente, amar.
Me falta aquecer, cansei de só querer...

Me faltam as certezas, me sobram as tristezas
Me faltam sentimentos, me sobram os momentos.
Me falta uma palavras, me sobram outras mil
Me falta o teu sim, generoso e gentil.
Me falta a rima boa, o verso do poeta de portugal.

Me falta o grito de basta, me falta a mulher, casta.
Me falta um sorriso, me falta um beijo.
Me falta algo sagrado, me sobra um desejo
e já que me toca falar, falarei dos desejos

Desejo nossa casa, ao pé da serra fria, com um fogão a lenha. Desejo tambores no quintal, Desejo nossos amigos comendo, e eu de avental. desejo teu sorriso toda manhã, e tua pele. Desejo, e não o nego, teu corpo belo, desejo castidade, e outras coisas que divergem entre si.

Mas enfim, desejos são desejos, e de nada servem senão preencher vazios. vazios são segredos, que preenchem todo universo. qual dos dois prefiro, não posso afirmar, tenho vazios e desejos, e tenho vazios desejosos, e desejos vazios...

Mas só a tristeza, hoje, me completa. hoje nada me resta. pois fora essa enxaqueca, é só tristeza. esse nariz trancado e as lágrimas que escorrem. só tristeza, tristeza e um pouco mais... tristeza!

E depois de terminar este texto, eu entendo aquilo que me disseram um dia:
Disse Deus:
"Palavras em tuas mãos são armas, meu filho! use-as a seu bel prazer..."

Hoje sirvo ao mim mesmo, hoje me entrego de cabeça, estas palavras porcas, que expressam tristeza, aqui ficarão. mas para lembrar-me que erros e mais erros virão.

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