Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Inconstância

Humilde e indigna homenagem a Fernando Pessoa e Dante Alighieri,
que são nesta obra meus inspiradores.
Me perdoem, indiretos mentores,
mas foi o melhor que consegui.


Eis que em nova jornada me encontro
mas desta vez, traje e destino são outros.
O chapéu e o bigode ficam para trás,
Assim como o destino caloroso e apraz.

Não que o novo caminho me desagrade,
- quem não gostaria de cumprir seu destino de frade? -
Mas os rios do verão são mais caudalosos,
E suas curvas os fazem mais prazerosos.

E nesta minha inconstância
de trajes, destinos e ânsia,
De poucas coisas não desisti
entre tantas experiências que vivi

Uma delas, posso dizer de fato,
são as mudanças: contínuo ato
de seguir livre como o vento
e, como ele, repousar ao relento.

Se há outra coisa que não me magoa
Por ser em mim imutável como a lagoa
é o Amor a todos equivalente (sem pausas)
que me revigora constantemente.

E ao lembrar de ventos e lagos,
à memória me vem ultima permanência que não causa estragos:
Ser, da natureza e do Universo,
um dos raros intérpretes em prosa e verso.