Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O mundo todo é um só mundo
E assim como a Verdade
Não se limita a uma só bandeira,
pessoa, ídolo ou talismã.

É a Verdade Absoluta como o Sol
Que recobre o bom e o mau,
O rico e o pobre
Em igual intensidade de calor e de luz

E assim como a Luz,
É invisível aos olhos a Verdade, por si só.
Mas ao mesmo tempo, sem ela,
Invisível seria o mundo.

E num abismo escuro e sem fundo
Cairia a humanidade
Sem conhecer um palmo à sua frente
Sem conhecer, sequer, o conceito de frente.

Sêde tu, à Verdade, fiel como os profetas
E serás, quiçá, em tua época,
Taxado como insano ou mal intencionado
Mas lembra, sem esquecer do teu tamanho:
Assim o foram Buda, Sócrates, e até Cristo!

Mestre e Discípulo

Fui teu escudeiro e amigo fiel
E com meu brado o ajudei
a espalhar teu canto inqueridor
aos quatro cantos de uma terra carente de moral

Aprendi, pelo teu exemplo,
A questionar tudo que vejo, penso e sinto
Para compreender que muitas vezes
Até para mim mesmo minto.

Vi-te honrar teu princípio de fidelidade
ao defender teu propósito
até a última gota do veneno
destilado pelos imorais.

E em tua honra, e pelos meus princípios,
Repliquei a tua história na palavra escrita
Pois entre tantos sábios discípulos
A mim coube o feliz destino de transmitir teus ditos.

E mais de dois mil anos depois,
Ainda é de ti que lembram,
Todos os homens do mundo,
Ao lembrar os frutos de uma pátria que vestiste como tua.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quatro Elementos

És tenra, és terna,
Oh Terra Eterna,
Rodopiante membro
de um ínfimo sistema neste Universo Solar

Em Revoluções Evolutivas,
Oh Terra Eterna,
Transforma estes versos e permite a inúmeros diversos
Aprofundá-los dentro de si no ponto que melhor lhes couber

És Tetrade Una
Oh Terra Eterna
E em seus ciclos mantém os Quatro Elementos
Formadores desta dimensão terceira.

Guarda a Terra os segredos de outrora
Em seus registros akáshicos mais remotos
Mantém retratos de antigas civilizações
Valiosas informações sobre a evolução das almas

Vem a Água nas chuvas e nos rios
E lava as almas, levando o que não cabe mais
Purificando sentimentos, emoções e mentes
Conduzindo, com fluidez, da turbulência à calma

Traz o Vento, em seus sopros uivantes,
As músicas e as artes dos mais longínquos horizontes
E a perfeita liberdade de transformar o mundo
A cada passo, em cada estado, a cada estágio.

Surge o Fogo, Fechador de ciclos
E transmuta os frutos dos outros elementos
Com seu poder de transformar matéria em energia
Criando o mais sublime estado visível nesta dimensão.

Nesta Tétrade sagrada, é função do Homem Maduro
Respeitar, Honrar e acima de tudo Equilibrar valores,
E por fim concatenar dentro de Si,
De cada Elemento, o que há de útil a seu Ser.

sábado, 12 de novembro de 2011

Now that she's gone

And now that she's gone
I can be myself all over again
I'll finally be good
Now that she's gone

And now that she's gone
I can be lonely all over again
I'll finally eat chunks
Now that she's gone

And now that she's gone
I can get sad all over again
I don't need to be happy
Now that she's gone

And now that she's gone
I won't smell her hair all over the place
I won't see her smile
Now that she's gone

And now that she's gone
I keep asking myself: why the hell
Why is she gone,
Now that she's gone

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Lapidação

Há que ser leve, lapidar o coração
Ainda que se transforme o grão para assar o pão,
Há que ser lento o cozimento,
macio o amassamento
dura porém leve,
a moagem deverá ser equilibrada.

E só então será plena e precisa a lapidação.

Sigo sóbrio

Sóbrio transcorro meu caminho pelo tempo
Observando as sobras de um momento que passou
E a cada instante, o delicado tilintar de metais distantes me é caro
Assim como me é caro o farfalhar das folhas ao vento,
e a borboleta que se solta e percorre longas distâncias,
andando para frente, para cima, para baixo e para trás.

Sóbrio observo a Natureza, em sua tenra verdade
E analisando seus fatos, observo com a luz do passado
Meu estado presente e o caminho futuro à minha frente.
Reconhecendo que passado, presente e futuro estão todos aqui,
O tempo logo se revela mera ilusão dos sentidos.

Sóbrio procuro me manter conforme o tempo muda
E noite e dia transcorrem minha visão,
Flores, Sol, folhas secas e neve percorrem meu corpo,
Mas dentro algo se mantém estável, eterno

Sóbrio sento-me à mesa da cafeteria na calçada,
E enquanto saboreio meu café vejo as pessoas,
que passam pelo tempo sem que o tempo passe por elas.
E meu café passa de quente a frio, de cheio a vazio
Mas sem que o tempo passe por ele.

Sóbrio observo os transeuntes que vagam ébrios
perdidos em seu desequilíbrio constante entre tempo, espaço e Verdade
correndo amedrontados como coelhos ameaçados
Agindo inconscientes de si mesmos como robôs, que não se reconhecem

E sóbrio observo minha própria sobriedade
Como algo necessário em minha verdade,
Mas igualmente relativo, nisso que chamam Universo
E reconheço então, que estou sóbrio de fato:
Já não defendo meus pontos sem frieza.