Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sigo sóbrio

Sóbrio transcorro meu caminho pelo tempo
Observando as sobras de um momento que passou
E a cada instante, o delicado tilintar de metais distantes me é caro
Assim como me é caro o farfalhar das folhas ao vento,
e a borboleta que se solta e percorre longas distâncias,
andando para frente, para cima, para baixo e para trás.

Sóbrio observo a Natureza, em sua tenra verdade
E analisando seus fatos, observo com a luz do passado
Meu estado presente e o caminho futuro à minha frente.
Reconhecendo que passado, presente e futuro estão todos aqui,
O tempo logo se revela mera ilusão dos sentidos.

Sóbrio procuro me manter conforme o tempo muda
E noite e dia transcorrem minha visão,
Flores, Sol, folhas secas e neve percorrem meu corpo,
Mas dentro algo se mantém estável, eterno

Sóbrio sento-me à mesa da cafeteria na calçada,
E enquanto saboreio meu café vejo as pessoas,
que passam pelo tempo sem que o tempo passe por elas.
E meu café passa de quente a frio, de cheio a vazio
Mas sem que o tempo passe por ele.

Sóbrio observo os transeuntes que vagam ébrios
perdidos em seu desequilíbrio constante entre tempo, espaço e Verdade
correndo amedrontados como coelhos ameaçados
Agindo inconscientes de si mesmos como robôs, que não se reconhecem

E sóbrio observo minha própria sobriedade
Como algo necessário em minha verdade,
Mas igualmente relativo, nisso que chamam Universo
E reconheço então, que estou sóbrio de fato:
Já não defendo meus pontos sem frieza.

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