Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Caminho do Sol

Certa vez me encontrei...
perdido numa estrada,
longe de todos e de ninguém
numa dualidade infinita

Estrada de extremos tão bonitos...
atraindo-me para fora dela
Mas seguindo, sem pensar,
pois o caminho só se segue pelo meio

e pelo meio tropeçante
andamos sem ver,
no final do horizonte,
a dobra do caminho

Quando encontrarmos,
enfim, cansados e surrados,
a dobra além do infinito
Nem um banho tomaremos.

Felizes e risonhos,
voltaremos ao início
Para dar as mãos
e apontar a linha.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Devi Kundalini

Mil cores se mesclam no céu
e descem em espiral rodopiante,
tocando o topo de minha cabeça,
penetrando-a.

Mil chamas ascendem por minha espinha dorsal
e minha mãe me toca a nuca
em momentos de êxtase e euforia.

IAO, IAO, IAO
Cantamos em ressonância!
RAM-IO, RAM-IO, RAM-IO,
Vibramos em concordância!

Ritmicamente, dançamos em poesia.
Constantes no amor,
e lutando contra a heresia,
Transmutemos os corpos!

Oh! Devi Kundalini, Divina Mãe Interna
Sussurre-me seus imortais segredos,
Conduza-me aos portais secretos!
Ascenda! em Magia!

Carregue-me ao teu Templo-Coração!
Preencha com amor a minha oração!
Oh! Devi Shakti!
Oh tu, que és meu tudo e meu nada,
permita-me empunhar tua espada!

Arranha o céu


Ele desejou.
Se concentrou
e conseguiu:

Concretizou.
Atingiu o céu.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Eu, Você e a Parede

Encostei-me na parede, gelada
E nela, senti o teu calor.
Senti o teu perfume
e o brilho dos teus olhos.

Nossas testas e narizes se encontraram
E nossos lábios se tocaram,
levemente...
Leve... Mente...

domingo, 1 de julho de 2007

Mulher

Poema escrito pelo Venerável Mestre da Loja Branca, Samael Aun Weor

Mulher, eu te amo...
Há muitas noites
que choro muito... muito...
e ao fim da jornada escuto teus cantares,
e vibram de amor os sonolentos astros,
e beijam-se as musas celestiais com teus cantos...
És um livro selado com sete selos.
Não sei se és dita ou veneno.
Estou à borda de um abismo que não entendo,
sinto medo de ti, e do teu mistério.
Mulher, eu te adoro...
Quero beber licor de mandrágoras,
Quero beijar teus seios,
Quero sentir o canto de tuas palavras
e acender meus fogos.
Mulher, não me podes olvidar,
dissestes que me amavas
juraste-me teu carinho,
em noites adoradas...
em noites de idílio...
em noites perfumadas
de cantos e de ninhos...
Antiga sacerdotisa, acende meu pavio,
acende minha chama de tríplice incandescência;
núbil vestal do templo divino...
entrega-me os frutos da ciência...

Meu vizinho, o zé.

O zé,
era o cara que morava
d'outro lado da rua.
Um dia, o zé viu a Lua
e se apaixonou.

Hoje, o zé casou e mudou
e mora com sua amada:
A Lua.