Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

sábado, 30 de setembro de 2006

São sempre os mesmos

São sempre os mesmos rostos,
Falsos felizes.
De Adão aos 3 cavaleiros
dos 7 dias aos 7 selos.

São sempre as mesmas diretrizes,
Criadas para serem burladas
Das cavernas ao espaço
De Grécia a USA

São sempre os mesmos
Os mendigos na calçada
Os motoristas na estrada

Só eu não sou o mesmo
Sou fugitivo capturado
E guerreiro vencedor
Sou índio batedor,
Ídolo corretor
Poeta, poeta

Sou Fernando, um monarquista
Sou Neruda, comunista
E até, pasmem,
Sou mil eus, anarquistas

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Teus beijos guardados

Teus beijos,
Meu bem,
Já são Meus

Por mais que os creia guardados,
em planos além,
Teus beijos,
Meu bem,
Já são meus

Meus braços e os seus,
Já nem existem mais
Teus beijos já são meus,
Meu bem

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Patetas Poetas

Sento no camarim
Para mais um dia de longo trabalho
Tinta vermelha ao redor da boca
E branca no resto do rosto
Nariz vermelho e vários sorrisos
Patetas poetas, poetas patetas

Repasso poesias
Imaginando futuras palmas
Aos poucos, se vai a calma
Que será que pensarão?
Poetas patetas, patetas poetas

De cima do palco
Uma platéia atenta me observa
Mas só dois olhos me importam
Patetas poetas, poetas patetas

As palmas vieram comedidas,
algumas quase homicidas
Mas aqueles olhos brilharam,
E só eles me importaram
Poetas patetas, patetas poetas

Ao meu lado

Ao meu lado
Há sempre um lugar vago
No sofá, ônibus, cinema
Em qualquer esquema
Há sempre um lugar vago

Sempre o mesmo vácuo
Que me causa tontura
Me suga, torura
Me exprime criatividade

Mais parece um chicote
batendo no lombo do burro
que lhe dá forças
tirando alegrias

Penso se um dia
a luz de ocupado acenderá
Se um dia um grande amor virá
até lá, me resta poesia

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Contra Ponteiros

Essa nossa mania
de contar ponteiros,
nos leva contra ponteiros

Essa mania
de medir tudo com tempo
nos faz perder amores
não ver as cores

Medida de tempo
Não é nada além de medo

E que medida é essa?
Que controla sentimentos,
Pensamentos, movimentos
E outras coisas mais.

Tempo não é Deus!
Tempo é besteira
Nisso de medir tempo,
pra ser comedido,
perdemos tanto tempo
que nem foi medido

Acabamos esquecendo
que a vida,
só se vive vivendo
nunca temendo
nem tempo nem enredo


Pois história se faz assim,
passeando no jardim!

A parte ruim de uma paixão

A parte ruim de uma paixão.
É toda essa tensão
querendo te ver
esse aperto no coração
que não para de crescer

É saber que mesmo sendo minha
não se sabe o que será
É esperar sentado, na cozinha
por um dia que, quiçá,
um dia chegue a ver

E ter vergonha do que sente
achar que não é gente...
A parte ruim de uma paixão

A parte ruim de uma paixão
é o medo do não
da volta à solidão
que nunca foi embora

domingo, 24 de setembro de 2006

Hai-Kai's

Como hai-kai's são curtos demais pra por um por dia, vou fazer um post com vários... excluso o fato de que filosofar sobre hai-kai's demora muito mais do que sobre poemas comuns...

Hai-kai sentimental

Sorriso:
Melhor dar ou receber?

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Hai-kai sentimental II

Saudade:
Morrer pra depois matar!

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Caminhos

me leva contigo
pelo doce caminho,
que atravessa o redomoinho.

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Viver

Venha e junte-se a mim!
Vamos trabalhar por amendoim!

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Açougue da mente

Me veja 1 Kg de metáforas!
Mas com pouco sarcasmo!
Da última vez, estava intragável!

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Meu lirismo é tão profundo
Quanto um prato fundo

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Vários Pessoas

Li uma vez sobre um Pessoa,
Que foi, ao mesmo tempo,
Muitas pessoas

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sentimentos

Minto sentimentos...
Sinto pensamentos...

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Muitos e nenhum

Eu sou um com cada um,
Pra no fim, não ser nenhum!

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Quadro dos sonhos

Pinto na tela branca
Sonhos de outrora
E assim, imprudente,
Esqueço do agora!

Amante Mascarada

Revela-me,
Ó flor de minh'alma,
Tua identidade!

Não mais posso
Aguentar essa falta de ti,
De teus beijos,
Teus abraços.

Já não me basta,
Tua companhia em noite calma
Vestindo, ambos,
Nada além D'alma

Preciso do teu corpo,
Para pertencer-te,
Para juntos,
Sermos 3!