Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

domingo, 10 de agosto de 2008

Meu Amor e Teu Amor

Meu Amor

E nasceu o amor,
que fez desabrochar a flor.
E cresceu, em ardor,
para alimentar o fogo.

Me penetrou pelos teus poros,
Me absorveu sob o teu colo
e dançou espiralado
Desde o ventre do fogo até o céu estrelado.

Me unificou com você,
Me fez te amar e te ser
e por si só, se fez crescer
como fermento no bolo.

Ganhou pernas, ganhou braços
e aprendeu a dar abraços,
a beijar profundamente
e um pouco mais também.

E pediu mais, e mais,
E de tanto pedir, ganhou.
Aflorou em muitos berços
E dominou o Universo.

E por ter perdido a graça,
Criou seus próprios mundos.
Mas nunca se esqueceu de você,
Meu amor...

Teu Amor

Nada a declarar! Somente o Amor!

Obrigada por tanto amor, e por tal amor.
Amor que cura, que transforma
Que retorna ao âmago do peito
E faz retomar sensações perdidas pelo tempo afora.

Nada a declarar,
Só a declamar, o sentimento vivo
Que me alegra e faz desabrochar,
A cada manhã, a cada cantar.

Se soubesse como te ter aqui,
Reaprenderia novamente a lição
Pois já o tenho,
Glorioso e angustiante,
Pulsando em meu coração.

Nada mais tenho a querer,
Senão o amor que tenho de você.
É ele que move meu mundo
Que me faz rir, extasiar, florescer.

Te tocar será uma dádida,
pois o meu sentir já é completo.
Te ter aqui, lá adiante é o meu maior presente.
Te sinto! Estamos muito perto.

Mais que perto, vivo!
Mais que vivo, dentro!
Satisfazendo meu corpo, animando minh'alma.
Esse é o meu diário alento.

Já sei o que sinto por dentro:
É o fogo sagrado,
Alimentado por teu suave vento.

Te amo!

***Um presente que eu ganhei***

Quero Teus Beijos

Eu quero teus beijos
Num barquinho a velejar
Solitário, num braço de mar
E sozinhos, eu e tu a nos amar

E que esse barco deixe para trás o Rio
e janeiro e fevereiro, que se vão também
Para o barquinho penetrar o oceano
Como minh'alma penetra a tua.

Nua e crua, minh'alma e a tua
individuais, porém unas,
Como tudo, como o Todo.
Como o Universo:

Comum... em verso...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sentindo

A vida não tem sentido
Flui para cima, para baixo,
Para a frente e para trás
e por mais que procure,
continua sem sentido.

A vida, é um amontoado de sentimentos
sensações fortes e fracas
que no final das contas
não fazem o menor sentido.

Sentimo-nos felizes agora,
e, mais tarde, sentimo-nos tristes
Sentimos o amor infinito,
Sentimos o fim de tudo chegar.

Analisamos friamente alguns sentimentos
e vivemos impulsivamente outros.
Mas sem dúvida, fazemos tudo errado.
E os poetas embelezam o resultado.

Porém, Falar de sentimento não é sentir.
Ter tal dicernimento, também não.
Mas muitos poetas por aí vêm e vão
crendo-se escritores do sentir.

Pergunte-se, sempre que for dormir:
O que eu senti hoje?

sábado, 7 de junho de 2008

Canto dos Templários

No templo da Cruz de Malta
o ouro reluz brilhante.
Brilhai ó nobres guerreiros
Templários, Templários, Templários

No caminho da Cruz de Malta,
conduz-nos em teus ensinos
e mostrem o brilho intenso
de tuas espadas e teus escudos.

Nos levem sob a bandeira
cristã do amor mais puro
Entreguem os teus presentes
secretos, sacros e sábios

Templários, Templários, Templários.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Espíritos da Floresta

Os espíritos da floresta
vêm chegando pra ensinar
Que o caminho da verdade
é que conduz à redenção.

Os espíritos da floresta
vêm chegando pra limpar
as mazelas e impurezas
que atrapalham o caminhar.

Deixe tudo para trás,
e caminhe sem pensar
pela trilha da floresta
ayahuasca, ayahuasca

Veja o brilho do caminho
e o cintilar da ilusão
Nem tudo que reluz é ouro
saiba disso meu irmão

Só uma coisa vale a pena,
Nesse mundo e nos outros
é o amor fraterno e puro,
é o amor fraterno e puro

Ayahuasca, ayahuasca,
ayahuasca, ayahuasca

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O retorno

Certo dia, num passado distante,
Na primeira metade de um século já passado,
preocupei-me quem leria meus escritos.

E hoje, que professo um futuro incerto,
releio meus escritos do passado extasiado.
E passo para a frente, dizendo adeus mais uma vez:

"Nos vemos na próxima vida."

Minha cela

Estou preso, há anos. Estou preso numa cela do tamanho do mundo. Esta cela é a mais apertada que meu coração já viu, e pressiona minha inspiração, e combate minha criatividade. Nela, existem seis bilhões de guardas, a cuidar cada um de meus movimentos: alguns de elite, que vociferam e ameaçam ao menor deslize; outros, soldados e cabos, que fazem o trabalho sujo da guerra: soprar incertezas nos corações dos outros guardas.

Estou preso, há anos. Numa cela em que não há cor, não há amor. mas tenho em minha mão um pincel. E nesta cela, que é do tamanho do mundo — e cinza —, haverei de encontrar a cor e o sabor, e assim me libertar.

Para isso no entando, preciso primeiro me encontrar: isso porque ouvi dizer, num burburinho entre os guardas menos ranzinzas, que há um pote no final de um caminho colorido, a que eles parecem dar o nome arco-íris. Este pote, dizem eles, tem as maiores riquezas, e como não conheço riqueza maior do que a cor, Estou certo que este é um pote de tinta.

Minha única visita nesta cela é um homem idoso, cabelos e barbas brancas, tão alvas quanto suas vestes brilhantes. Este homem é maior que minha cela, e também é maior que toda a prisão: ele me olha pela janela de meu cárcere. Ele me disse que foi ele que me prendeu aqui, e que por mais que eu sofra, um dia irei agradecer.

Se irei agradecer ou não, eu não sei, mas eu gosto desse homem, ele parece sincero, diferente dos guardas. E ele me disse também que existe um caminho colorido, que eu devo trilhar. Perguntei se o nome era arco-íris, e ele disse que o nome era qualquer um: alguns chamam cristianismo, outros xamanismo, magia ou esoterismo, umbanda e espiritismo, budismo e outros ismos, mas esse caminho é um só: e leva a um só lugar: o pote de tinta.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sou filho do vento

Sou filho do vento.
Fui criado ao relento,
vagando por aí.

Sou filho do vento.
Nasci e cresci, amadureci
e continuei a mudar.

Pois o vento muda,
o vento se leva.
Ele gira e sobe,
e transmuta, o vento transmuta.

Sou filho do vento,
criado no momento
em que o momento mudou.

sou a mudança da forma
e a forma de mudança,
eu sou a dança, eu sou a dança.

Eu danço e me mexo,
eu brinco pois vejo
que seriedade não há motivo.

Eu sou o motivo do mundo mudar,
eu sou o futuro no vento a soprar
Sou filho do vento, sou filho do vento.

Conquistas, derrotas

Certas derrotas são para sempre,
como a batalha que põe fim à liberdade.
Certas derrotas são temporárias,
como a vitória do time adversário.

Certas conquistas são para sempre,
como uma amada que se ponha a sonhar.
Certas conquistas são temporárias,
como a amada que já não quer mais voltar.

Toda derrota serve para ensinar
com os erros e sofrimentos,
Toda conquista, para educar,
sobre desapegos e arrependimentos.

Nem toda derrota é amarga,
Nem toda conquista é doce.
algumas são insossas e outras agridoces.
Mas se algo é certo, é que todas nos mostram
o caminho correto a trilhar.

domingo, 6 de abril de 2008

Meu sangue

Eu sangrei por ti, meu sangue impuro
E derramaste o teu sangue bendito em minhas veias,
Para me recompensar, Para me recompensar.

Eu chorei por ti um choro intenso
e acalmaste meu coração,
com teu alento de vida.

Eu lutei por ti, inúmeras batalhas,
e me privaste de sofrimento,
quando eu pereci. Eu pereci

Eu beijei teus pés, por vontade própria
e ergueste meu rosto, a altura de tua face
para me mostrar o meu brilho.

Eu brilhei como um espelho, em teu nome
e refleti os teus desejos, e refleti sobre teus atos
sentindo tua alma.

Eu conclui, de minha reflexão,
que meu sangue ainda é demasiado impuro,
e que mais dele derramarei sobre este solo.

sábado, 15 de março de 2008

Chamada da Vontade

Thelema é nossa origem
Nos altos campos do Senhor
Caminhai rumo ao espírito
Cultivando seu amor

Na trilha secreta que esconde as palavras
palavras sublimes, sempre tão sensatas
É a trilha da floresta, das plantas do poder
Que nos mostra os segredos e traz nosso saber

Feche os olhos, contemple o teu interior
Visita os teus castelos e as tuas cavernas
Passeia em teus jardins e bebe da tua água
Encontra o teu centro puro e dourado
Teu ser divino, eternamente cultivado

Visita as tuas esferas, Visita as tuas esferas
Com as sete cores do arco-íris
Decide o teu destino, junto aos 42 juízes
Abra os olhos, agora meu irmão
E contemple a natureza, a criação

Levanta da tua posição
e luta pelo amor de todas as esferas
Combate e destrói todas as tuas feras
O demônio é interior, o demônio é interior

Mas quando é derrotado, são abertos os portais
E tu te encontrarás com o Eu Superior
Serás então o filho escolhido
E guiará os teus irmãos nos caminhos do amor.

terça-feira, 4 de março de 2008

Todo santo dia

Todo dia é santo, todo dia é bendito,
cada dia do seu jeito, A cada jeito um novo dia.
Todo dia é santo, todo dia é bendito,
cada dia é perfeito, de um jeito imperfeito.

Todo dia é santo, todo dia é puro,
A cada novo dia, meu amor é selado.
Todo dia é santo, todo dia é puro,
A cada abraço, um amor sacramentado.

Todo dia é santo, todo dia é sagrado
Todo dia é puro, perfeito, bendito e abençoado
Valha-se a lembrar disso,
Todo Santo Dia, Todo Santo Dia.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Jornada

Deixei para trás meus preconceitos
e esqueci meu medo de ser feliz.
Cravei uma espada em meus ressentimentos
e decapitei minha pena de dizer a verdade.

Desembainhei a minha piedade,
montei em meu amor e cavalguei.
Viajei para as mais longínquas planícies,
e descansei no leito de plumas de meu coração.

Com minha armadura de humildade,
tornei-me duro como a rocha cúbica,
mas flexível como as águas do mar,
pois aprendi que posso errar.

Aprendi a me guiar pelas estrelas,
que me apontaram meu coração.
Descobri que o norte de minha bússola,
é o amor sincero por toda humanidade.

Iniciei minha jornada de cavaleiro,
Pelos augustos caminhos do Astral.
Sou um guerreiro do coração
lutando pelo domínio dos desejos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Roubaram meu coração

Roubaram uma parte de mim
e levaram para longe das minhas mãos.
Roubaram meu coração,
tentaram por fim no meu amor.

No meu peito, só ficou um buraco
um vão do tamanho do mundo.
Mas meu amor não ficou mudo,
E 'inda que longe, eu ouço seu brado.

minha espada, eu ainda porto
e meu escudo defende meu peito.
Um peito vazio com um furo,
que não se cansa de amar.

enquanto eu não achar meu coração,
enquanto esse vazio me perseguir, me permear,
eu vou continuar a te amar, humanidade minha.
Não vou te deixar, nem por um segundo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Incompreensão

Houve um dia no passado,
em que não sabia o que dizer
e por isso muitos me disseram incompreendido.
Hoje, no entanto, que sei o que digo,
Muitos dizem que só penso que sei.


Ahh, humanidade carente,
bendito daquele que te ama e entende.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Segredo da Serpente

Eu sinto essa força chegando
Eu sinto ela me trabalhando
A linha entre o ter e o Ser,
Aos poucos eu começo a ver.

As trevas vão se dissipando
A luz já se mostra brilhando.
O tambor do Caminho Vermelho
e a Oração do Cristão Verdadeiro.

Com o Mestre Supremo a zelar,
e sua Mãe a nos purificar.
Seus ensinos neste hino irei cantar
Des seus caminhos tortuosos, o princípio irei passar.

Observe o tempo bandido,
ou seu caminho estará perdido.
Atente à respiração,
Força de toda a criação.

Wakan Tanka nos abençoando,
Samael nos auxiliando
com o escudo e a espada de Marte
na guerra do Fogo que arde.

As duplas serpentes aladas,
Ao caduceu sempre atreladas
Subindo às Igrejas Principais,
Os sete selos ancestrais.

Com seus chakras bem alimentados
Teus pesares estarão sanados.
O alimento dos chakras, é Amor de marido e mulher
O Matrimônio Perfeito, da forma que Deus quer.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Gênesis II

***Antes de mais nada, ler Gênesis I***

Da primeira troca de olhares,
entre as mudas de coisa alguma,
Um sopro inédito correu o Universo,
e a ele Deus deu o nome Amor.

O Amor é o sopro constante,
do qual o calor é o anima da vida.
e cujo eterno movimento
determina as noites e os dias.

Assim surgiram noites e surgiram dias
e com eles, as estações do ano,
recheadas de frutos, flores e outras regalias
e então Deus se absteve de interferir na criação.

Porém, aquelas mudas de coisa alguma,
que com o passar do tempo se nomearam homem,
foram aos poucos se esquecendo de sua criação, o Amor
E logo deixaram de senti-lo.

Ao deixar de sentir o amor, o homem esqueceu o paraíso,
E mesmo sem se mudar de lá, deixou de percebê-lo.
Hoje o homem prega que Deus o abandonou,
e sofre a toa, apenas por ter esquecido o amor.

O Eterno Retorno

E quando Pessoa, o Fernando,
Descobriu que aqueles seus versos,
que sempre temeu quem leria,
haviam voltado às suas mãos,
uma lágrima, incerta se de alegria ou de pavor,
correu-lhe o rosto.

Solidão muda

Ah, a solidão silenciosa
inexorável ante as oportunidades da vida
Tão sós, os poetas mais sublimes,
que, com tantos sentimentos, se embriagam de silêncio.

As mais belas donzelas os olham sorridentes,
e mantém-se sós, quase que por escolha própria
a leveza e a firmeza de seus atos, tocam os mais puros corações
mas os seus próprios, se agitam descrédulos.

Para cada bela dama que lhes cruza o caminho,
um pensamento de derrota lhes ocupa a mente.
Mas quando será que o poeta descobrirá o segredo
de que a mente mente?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Remar

Rema rema, a favor da maré,
que Yemanjá vem te empurrar.
Pega a onda que vier, e se deixa levar
que Yemanjá te conduzirá.

Se preciso, levante a espada,
e Ogum te ajudará.
Peça ajuda a Iansã,
mas ciente que demanda
é coisa séria e não se brinca.

Rema, rema, a favor da maré,
e conduz teu barco pr'onde Yemanjá quer.
Pois o vento sabe a direção que sopra,
e te leva pra onde Deus quiser.