Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 28 de março de 2007

São minhas

Nunca te dou ouvidos,
senão por um segundo,
Quando permito a ti
domar-me as mãos.

Nesse lapso de segundos,
escreves maravilhas
poesias dos dez mil mundos
presos em minhas ilhas.

Então vais embora,
e por meses sou muitos...
sem jamais ser-te.

Então apresento a meio mundo
teus escritos mais belos,
E sussurro, com falsa humildade:
"São minhas, mas não são tão boas."

Ontem

Quero tudo pra ontem!
Nada me satisfará amanhã,
senão minhas obrigações.
Elas que fiquem para amanhã!

Para ontem, só a colheita
do que ainda hei de plantar
não interessa quando ou como ou onde
só me interessa a colheita

Nem em sonho eu trabalho,
Aliás, é no trabalho que sonho
com o sonho da próxima noite
com a colheita prematura do plantio tardio

E a cada doce aurora vou sonhar
em ser mais que o sonhador,
sem sujar as mãos, no entanto,
Nos riscos de novo erro.

terça-feira, 13 de março de 2007

O Tempo do vento

O inconstante vento
De uivo eloqüente
Tão sábio, tão sereno, tão perene
Suaves vento de terno envolver!

Ah! O inconstante vento
Tão bravio, assustador
Ameaça dançante do porvir
Bailo em tua ameaça uivante!

Vento, vento...ah inconstante vento
Tua voz vibrante,
Lamento incessante , cantar sussurrante
Que inebria o ser !

Vento que sou, vento que vou
Vento que agita, que muda, que transforma
Vento que assola e arrebata...
Ah...inconstante vento de minh’alma!!

POESIA DA QUERIDA MISTRAL LAKOTA

domingo, 11 de março de 2007

Foi entre os Lakota

Dentre tantas etnias
tantas filosofias
Foi entre os Lakota,
Que enfim me encontrei

O perfume do tabaco
O bailado e os tambores
Foi entre os Lakota,
Que enfim me encontrei

Meu mestre que me guia,
me levou até a tribo
Foi entre os Lakota,
Que enfim me encontrei

Todos transformadores
De vidas e de mundos
Foi entre os Lakota,
Que enfim me encontrei

Lá pra lá do alentejo

Lá pra lá do alentejo
Mora escondido o meu desejo
Num castelo no topo de um monte
Com a vista para o mundo.

Lá pra lá do alentejo
Si'nterrou a minha amada
no pós-batalha, sofrimento
duma terra ensanguentada

Lá pra lá do alentejo
tem tristeza e tem ensejo
lá pra lá do alentejo
Numa terra encantada...
Lá pra lá do alentejo

quinta-feira, 8 de março de 2007

Cigarra

A cigarra canta
seu encanto cru,
portentoso.

Até que, tamanha insistência
Se estoura por inteira.
E renasce a cantadeira

segunda-feira, 5 de março de 2007

Eu Vi!

Eu Vi!
Eu vi a Terra impedir a Lua de receber a Luz do Sol!
Eu Vi!
Eu vi a ciência explicar o acontecimento!
Eu Vi!
Eu vi crenças e religiões usarem o fato!
Eu Vi!
Eu vi muita coisa nas existências que vivi!
Eu Vi!
Eu vi coisas que a ciência jamais vai explicar!
Eu Vi!
Eu vi coisas que as religiões e crenças vão cansar de usar!
Eu Vi!
Eu vi e vivi coisas que não posso explicar!
Eu Vi!
Eu vi e vivi coisas que palavras não podem explicar!
Eu Vi!
Eu Vivi!
Como é duro estar em uma sociedade tão limitada!
Como é difícil estar em uma sociedade que só crê em seus olhos físicos...
Eu Vi!
Eu Vi!
Eu Vi!
Eu vi hoje tudo de novo!
Eu vi hoje a beleza da Lua sem luz...
Eu vi hoje a tristeza da Lua sem o Cristo!
Eu Vi!
Hoje eu vi!
Eu Vi!
Eu vi hoje a tristeza de um rocha morta!
Eu Vi!
Eu Vi!
Eu Vi!
E quem viu em mim, chorou!
Chorou porque atingiu meu Ser!
Eu meu Ser chorou!
Chorou porque viu a morte em uma Rocha!
Eu Vi!
E meu Ser chorou!
Mas me inundei da emoção da alegria!
Estranha contradição...
Eu Vi!
Eu chorei!
Eu me alegrei!
Estranha contradição da Alegria e da Tristeza!
A tristeza de ver a Rocha morta!
A alegria de saber compreender o processo!
Estranha contradição
Eu Vi!
Eu Vi!
Eu Vi!
E tu que não vistes...
Ou tu que não compreendestes a beleza da tristeza...
Olha para dentro de ti!
Há muito o que aprender ali...
Eu Vi!
Eu Vi!
Eu Vi!
E tu, se não vistes o que vi...
Deves pensar no que vistes...
Eu Vi!
Eu Vi!

Eu Vi!
E meu Ser me iluminou pela Tristeza da beleza do que viu!!!

Que a Paz da Luz esteja em seu coração!

Sérgio Olivetti Narduci