Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Abraços

Abraços são nós
Que juntam a gente
Laços que guardam alegria

Abraços são mudos
Mas guardam um mundo
De palavras e sorrisos


Duram poucos segundos
Mas resolvem por horas a tristeza
Melhor que valium 10

Abraços sorridos, abraços sentidos
Abraço de amante e abraço de amigo
Todos conduzem a Deus
Até os abraços de adeus...

Abraços fazem amigos,
Amigos reforçam abraços
Ambos, são feitos dos mesmos traços
Amor e carinho, amor e carinho...

domingo, 17 de dezembro de 2006

O exército não para de crescer

Todos que me conhecem suficientemente bem, sabem que eu sou um eterno pregador da guerra. Da guerra pelo Amor, da guerra pela Paz, da guerra pelo respeito e pela proximidade das pessoas. Sou guerreiro lakota de coração, corpo e alma, minha lança jamais me abandona.

Mas as grandes batalhas não podem ser travadas sozinhas. os feitos históricos não são dos generais, mas de seu exército, que, de armas na mão, batalhou bravamente por uma causa que nem sequer conheciam direito.

Ontem, uma batalha foi travada, e centenas de pessoas foram afetadas por esta batalha. Ontem foi um marco, um divisor de rios. E 7 pessoas alistaram-se no exército do amor. Não como os soldados acima citados, mas como bravos guerreiros lakota, que sabem pelo que lutam.

- Matheus;
- Josemar;
- Juba;
- Andressa;
- Karin;
- André Átila;
- Marcela

Ontem, por ter tais amigos, me senti coroado.

Soam poucos aos olhos de quem não viu a batalha épica que foi travada. não portávamos arma alguma além de nossos braços — para dar abraços — fortes e ditosos. Mas a batalha foi vencida. A guerra ficou um passo mais próxima de seu fim, e a vitória é da Paz. do Amor e da Amizade. Estas palavras aqui vêm em letra maíuscula, pois não são substantivos comuns, são próprios. São sensações únicas e destoadas de todas as outras (ainda que sendo todas as outras.)

Ontem ganhamos centenas de abraços, e demos outras centenas. ontem choramos com o velhinho emocionado, e pulamos com os jovens animados. Ontem ganhamos mais forças para esta batalha. E mais colos, para deitarmos nossas cabeças nas horas de descanço.

Obrigado aos 7 bravos guerreiros pelas lágrimas que me fizeram derramar!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Desejos

Isso de desejo é algo muito irônico... Principalmente quando estão à flor da pele e não desabrocham. É o pior sentimento que pode existir. A morte certa e iminente não dói tanto ao condenado nos últimos 15 minutos de vida quanto desejos que não se cumprem. É uma dor cega, que não sabe onde doer, então dói em todo lugar. Um calafrio obscuro, que por não poder se cumprir, ganha asas pra matar.


Ninguém sabe do que é capaz um rejeitado. Nem mesmo ele! "Coitado... Perdeu mais uma chance de dar amor, de oferecer afago e carinho... E por quê? Por não temer o amor?" ressoam todos mais uma vez, ao comentar dele... Nos corredores, nas esquinas e até naquele bar famoso que esqueci o nome. Em todos os lugares falam dele, mas nem lembram o seu nome, o chamam coitado. Algumas meninas que tentam consolar dizem: "ela não soube dar valor, ela não sabe o que perdeu...” ou “saiba que quem perdeu foi ela e não você!” e até, pasmem: “se fosse eu nós estaríamos juntos há muito tempo!".

Coitado — como o chamarei daqui pra frente — sabe que é verdade e não nega. Mas o coração, amarrado feito prisioneiro de masmorra, se contorce e grita não. Coitado sorri forte, ergue a cabeça e diz: "quem perdeu foi ela!" Se despede dos amigos, vira a esquina, mergulha na sarjeta e chora, compulsivamente. Essa cena se repete de tempos em tempos, e ele agradece a Deus por seus amigos não a verem... Coitado... Mal sabe ele que seus amigos assistem a tudo, à distância, e que alguns deles até riem. Para esses, mal ele fala de uma nova garota que — essa sim — fará ele feliz, começa a diversão.

Parece brutal. Amigos assim? Mas se você pensar no que fez a garota, as amizades de Coitado são as melhores do mundo. Você diz: “mas elas têm direito à livre escolha!” E eu concordo plenamente. Mas elas não têm o direito de fazer sofrer uma outra vida, como fazem. Você não está entendendo por não conhecer a rotina! Vou explicar...

Primeiro elas conhecem o Coitado, e este, sem ser convidado, se apaixona abruptamente. Até aqui, é ele o culpado, elas são inocentes e puras, e até Coitado admite. O problema começa justamente agora! Coitado, começa sua ofensiva — convenhamos, nada efetiva — para cima da moça. Algumas pulam fora, e a elas esse texto nada critica. Outras esperam para ver no que vai dar, e Coitado, coitado, já acha que vai casar! É quando vem chegando a dor: Coitado faz questão de tratá-las como vasos da dinastia Ming (ou alguma coisa mais rara e cara que isso...).

Ele começa a sofrer. A culpa, não podemos negar, é 80% dele, mas ao menos os outros 20% poderiam ser poupados e não são. A mulher amada começa a se sentir desejada, e isso a faz sentir bem, esquecendo que quem deseja também sente. No caso, mal. Depois de um tempo de flerte, um belo dia Coitado liga pra garota, gagueja, seca o suor da testa e diz: “é... hmm... oi [o nome da garota foi retirado, em respeito a Coitado]... tudo... bom?” ao que ouve uma voz sempre disposta a receber elogios: “ooooooooooooiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”. Coitado corta os elogios — está muito nervoso para falar mais que o essencial — e desembucha tudo de uma vez sem respirar. A garota — que acabou de acordar — diz: “putz, Coi (apelido carinhoso, o parêntesis é nosso), hoje não vai dar, eu to cheia de coisas pra fazer!” Ele acha que talvez seja verdade e até pensa que se for, ganhou uns pontos com ela por tê-la acordado a tempo de cumprir suas obrigações. Algumas enroladas depois ele desiste de convidá-la para um chopp, e para qualquer outra coisa.

Recomeça, então, tudo que acima se narrou. Ele, com a cara mais envergonhada do mundo, se vê obrigado a contar a experiência aos amigos, para desabafar. Mas sabe que desabafar com eles não adianta. Que só vai ser pior, pois depois vai se jogar na sarjeta e chorar. E mais uma vez, Coitado — sujo e sem nem mesmo o carinho do cão sarnento — balbucia entre soluços seu mote favorito: “nada de novo, tudo de novo.”

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Teu brilho

O brilho que tu dás
às estrelas...
E a Paz!

Ambos netos
de um mesmo avô,
O sol.

tranmite a mim,
Calor lancinante
Que superaquece.

Derrete meu Chumbo.
E seu amor,
O transmuta Ouro.

Esculturas

Observo à mulher
com os olhos da criança,
ante cara escultura.

Dedos curiosos,
lábios mordiscados,
olhar pesaroso de não poder tocar

Só diferimos,
a criança e eu,
em um ponto.

A criança desconhece que a satisfação
da escultura, ante delicado toque,
é maior que a dela em tocar.

sábado, 9 de dezembro de 2006

E pensar que pensei em você

E pensar que
pensei em você.
Que SONHEI com você
Que escrevi pra vocÊ

Aliás!
São palavras que tu quer?!
Que as tenha!
Saiba que amor de um só
é desdenha!

E palavras de desdenha,
não são poesia.
No máximo,
mera hipocrisia.

Se lhe conforta pensar
Que as gotas no papel
são para ti...
Saiba que não...

Não me importas
tanto assim
As lágrimas são
ao que cri irmão

Mas se achou
Que não valia a pena
Que pena...
PRA VOCÊ!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Rainha dos sonhos

As horas passam sem sono
Os olhos pesam seu corpo,
Os pesos medem seus lábios
Os lábios se tocam, em sonho.

Somos rei e rainha,
O lobo e a águia
A água e o fogo.
Somos tudo, nos sonhos

Os olhos se cruzam risonhos
O tédio se esvai aos poucos
E a vida flui...
sentido!

Somos rei e rainha,
O lobo e a águia
A água e o fogo.
Somos tudo, nos sonhos

Janelas se abrem
e olhos se fecham.
os corpos se tocam,
os toques encantam

Somos rei e rainha,
O lobo e a águia
A água e o fogo.
Somos tudo, nos sonhos

domingo, 3 de dezembro de 2006

Viver

Cansei de lutar,
de remexer as correntes.
Aprendi a viver
apenas pra viver consciente.

A vida me leva
e eu levo a vida.
A vivo bem vivida,
e a tenho como amiga...

E quando a vida
se vê nossa amiga,
sorri para nós,
e nos trata como reis.

nos põe de camarote
para assistir sua peça
Nos paga um jantar,
Nos leva às festas.

Quem é amigo da vida,
Não se preocupa
Com o crediário,
VIVE.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Coisa de criança

Poesia, é coisa de criança.
Criança pobre de espírito,
que brinca com palavras
por não ter um Deus com quem brincar.

Poesia é coisa de criança,
Criança boba e fútil,
Que cuida da beleza das palavras
por não ter um espelho pra se olhar

Poesia é coisa de criança,
Criança que sabe o que faz,
Que vela, para que todas as outras crianças,
Durmam em paz...

Não sei.

Eu não sei se sinto
ou se minto.
Eu não sei o que pinto,
as cores que se escolhem.

Eu não sei se choro
ou se beijo.
Eu não sei o que vejo,
Os olhos seguem sozinhos.

Eu não sei se toco
ou se me tocam.
Eu não sei os limites
das ondas que emito.

Eu não sei o que sei
nem o que não sei.
Eu não sei que não sei,
não sei, não sei...