Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Folha em branco

Meu coração é uma folha em branco,
ao lado de um pincel nunca usado
que não quer se sujar.

Ora, e como não compreender o pincel?
Se sujar é algo trabalhoso, e por mais que se limpe,
o pincel nunca mais será como é hoje, novo.

Então ficam ali, o pincel e o papel a se fitar…
ambos limpos, intocados, como vieram ao mundo.
O pincel sabe que pode dar cor ao papel, e assim, satisfazê-lo.
Mas não o faz.

O papel a ponderar se um dia poderá cumprir sua missão,
receber a cor do pincel. E a se punir por desejar ser colorido,
Por desejar ver o pincel se lambuzar de tinta à óleo.

Se o pincel soubesse que seu trabalho representa a beleza do mundo,
Talvez visse, na sujeira de suas cerdas,
o que um trabalhador vê em suas mãos calejadas:
A Honra e a Felicidade de ter servido ao Propósito.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não e não

Não…
Não, não e não, Você me diz.
Mas o que ouço, não é negação.

Ouço, enfim, seus nãos que viraram sim
E me coloco a considerar
O tempo necessário para mais esta negação
transformar-se em sublime aceitação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Caminho do Meio

Fui buscar, no Oriente,
As quatro sonhadas respostas,
Mas ao chegar ao Oriente
Sem encontrar o que buscava,
Segui para o oriente de lá.

Parei, furioso, ao encontrar
Não uma resposta, mas o toco
Onde me sentava ao iniciar minha peregrinação

Sentei-me, para descansar,
Sobre o culpado do meu insucesso,
– o toco –
Ao esbravejar com ele sem obter resposta,
Calei-me,
E descobri que só ouviria respostas,
Calado.

Então, pude ser Eterno,
Sendo mortal.
Pude ser Divino,
Sendo carnal.

Pude unificar-me,
Sendo individual.
Pude ser o Todo,
Ao ser a parte que me cabe.

Pude ver o meio do caminho,
E voltar para o meu Oriente,
Seguindo o Caminho do Meio.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Flecha

A flecha lançou-se do arco
e abriu o vento
como a um zíper universal.

Em sua fenda,
perdeu-se o tempo, perdeu-se o medo;
E um só ponto reinou soberano:
o centro do alvo, perfurado lentamente.

Objetivo concretizado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Inveja poética

Quando em vez, ao ler os mestres da poesia,
sinto uma inveja poética, ou talvez uma admiração egoísta,
Não sei que nome dar, pois é como o amor,
Não se pode expressar…

É uma sensação de sentir tão fundo e forte
tudo que eu sinto que o poeta sentiu,
que é quase como se fosse ele sentindo em mim,
Ou eu sentindo nele, não posso expressar…

Talvez seja puro egoísmo, sim,
querer tudo que foi escrito para mim,
quando já devia sentir-me honrado
por poder ler e reler Goethe e seu Fausto,
Dante, e sua Comédia, Pessoa, e seu rebanho tão bem guardado.

E ao ler um poema como este,
sem métrica, poética ou qualquer coisa assim,
Percebo que não sou melhor ou pior que ninguém,
Posto que o que eu escrevo, também sai de mim.

sábado, 21 de agosto de 2010

Meus quês

Tenho muitos quês…
Um quê de vil, um quê de Bom,
Um quê de são, um quê de não…

Um quê de Uno, um quê de Todo,
Um quê de escudo, um quê de espada
Um quê de tudo, um quê de nada.

Eu e meus quês, pela estrada a fora…
Um quê de vencedor, um quê de vencido,
mas nenhum de derrotado.

Eu e meus quês, e vou bem contente…
Mas com um estranho quê de descontente,
com meu maior quê sempre me atormentando:

QUÊ HISTÓRIA É ESSA DE QUE FELICIDADE SE COMPRA?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Anahata

Do ponto em que o mundo se fez mundo
E deixou de ser idéia,
A inconstância reinou
Sobre o passado e o futuro
Mas o presente,
Permanece intocável

De Lábios a Ouvidos

Ayahuasca, ouvi teu canto
A Liberdade, o teu encanto
Ayahuasca, tua pureza
Nos mostra o brilho da Natureza

Hei de amar o teu gosto amargo
Para viver o teu mundo amplo
E nesta escada, subir bem alto
Rumo ao próximo degrau

Ayahuasca, tua força fecunda
Faz nascer em mim
A luz do Cristo no peito
À luz do cardíaco aberto,
A voz de Jesus,
De lábios a ouvidos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Somente Poesia

Poesia não se mede em qualidade
em versos ou estrofes
Poesia não se mete em rótulos literários,
nem se julga digna de honorários

Poesia não se limita às limitações humanas,
pois é a transcendência delas
Poesia não se escafandra mais em estilos,
Pois se libertou e tornou-se digna do UniVerso

E n’Ele, se mescla uma À outra,
sem autor, sem estilo,
Somente Poesia.

E se amanhã…

E se amanhã um sábio
pensar em decifrar meus versos
que seja sábio o bastante
para sequer tentar

sábado, 7 de agosto de 2010

Sêde meu servo na Terra

Sêde meu servo na Terra – disse ele -
E eu serei teu Mestre no Céu.

E se desdobrou num pó dourado
que fez brilhar sua sabedoria atômica.

Meu Heterônimo

para Marcelo Borges, pelas noites de conversa frente à mata mágica…

Eu também criei um heterônimo para mim…
Seu nome é Fernando, e como diversão,
cria seus próprios heterônimos.

Fernando é uma Pessoa singular,
Tem óculos redondos, nariz reto como seu caráter,
Um curto bigode e está sempre de chapéu.

Seu terno é velho e surrado, pois ser tradutor,
ainda que talentoso, não lhe rende muito dinheiro.

Mas Fernando, embora não saiba,
pressente o que está construindo.
Um futuro moderno, sólido, retilíneo como seu nariz.

Uma pena que este futuro já tenha até data programada
e ela seja posterior a sua morte.

Mas dessa vez, os jornais ditarão:

Morre mais uma vez Fernando Pessoa, desta vez, reconhecido em Vida.

domingo, 11 de julho de 2010

Absoluto de mim

Oh! tu, que detém todo o Saber,
Fonte da minha Vontade,
do meu Amor, de toda a minha Verdade.

Tu que descerras os véus dos mistérios,
que faz romper a ilusão, ilumina o coração
Tu que és o Absoluto de mim, hermafrodita celestial

Me conduz por esta infinita senda,
E permita que eu a compreenda
Ao nono sino serei Teu.

terça-feira, 29 de junho de 2010

E se?

E se, por um dia que fosse,
Você se permitisse amar?
Será que ia se ferir por,
ao menos, tentar?

O maior mal da humanidade é este: não tentar. Deixam para trás aquilo que poderia ser sua salvaguarda, apenas por ser muito difícil tentar.

“Não, não é bem assim. Não acredito que tudo na minha vida é fruto dos meus pensamentos”, diz um, que prefere negar esta Verdade a aceitar a responsabilidade por sua própria existência.

E ainda há aquele que, quando a mínima possibilidade de mudar sua forma de pensar lhe dá as caras, diz um solene e já catedrático “NÃO!”, até que tudo que houver de bom lhe vire as costas.

Mas e se? E se você se permitisse estar errado? Se fosse humilde o bastante para aceitar ser ajudado? Se ouvisse um conselho UMA SÓ VEZ sem julgar o conselheiro? “É fácil para ele falar”, diz você, “para ele a vida sorri, enquanto a mim, atira pedras!”.

O que te leva, meu amigo, a condenar-se como coitado? As finanças? o Amor? tudo e mais um pouco ou só o fato de estar vivo e respirando? Talvez você devesse olhar aquilo que te edifica, e não o que te destrói, e, quem sabe, se você se permitisse amar, a vida lhe sorriria também.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Amor não prende, Liberta

Meu amor, meu amor… eu amo…
Não apaixono, amo…

Paixão, sufoca, prende e deseja ter mais
Amor, dá fôlego, liberta e anseia fazer mais
Então eu amo… não apaixono. Amo.

E meu amor me leva a te falar, meu amor,
Que o Poder que tu anseias virá, e em breve.

O teu desejo, intenso de luz,
nada mais é que a tua própria Luz a brilhar
Que também anseia por vir…
e envolver tua aura numa pura luz dourada.

E por enquanto, me resta dizer que os teus passos,
os teus passos já são dourados…

quarta-feira, 9 de junho de 2010

E eu?

E eu que soube ser Puro,
Quando a Pureza me clamou
Eu que soube ser duro
Quando a dor – quase – me abalou

Eu que soube ser sóbrio,
quando manchado pelo vinho
mas tornei-me terrívelmente ébrio,
ante uma sombra do seu Amor.

E eu, Senhor? E eu?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Geminiano

Sou um bom partido… Ao meio.
Dividido entre os dois lados da moeda.
Cara ou coroa? sorvete ou cebola?
Claro ou escuro? Claro que Claro!
Sempre Claro.

Mas mais claro que tudo, são as indecisões
Mais clara que prosa, é a poesia,
Mas prosa, ou poesia? Pessoa ou Neruda?
Que escolha mais dura… Pessoa.

Sou geminiano, um bom partido ao meio.
Vivo dividido entre os dois lados,
os dois lados de uma mesma moeda.
O Bem e o Mal, o Quente e o Frio.
A mesma moeda.
O triste e o feliz, o professor e o aprendiz
A mesma moeda.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Loucura

Tenho sentido uma vontade louca
De abandonar minhas loucuras
Um desejo desesperado por viver livre,
e amar plenamente, sem nenhuma censura.

Uma vontade louca de largar tudo, abandonar o mundo,
Abraçar minha loucura… e beijá-la bem fundo…
Então correr pelos campos do agora.
Com os pés firmados no momento.

Uma vontade louca de desembrulhar o presente antes do tempo.
sempre antes do tempo.
Quem sabe um dia me relembre:
”I Know not what tomorrow will bring”.

sábado, 8 de maio de 2010

Se faz crescer, se faz crescer

Faz a tua parte em cada ato.
Faz a tua parte em cada parte,
e faz a tua parte em cada Todo.
Faz a tua parte a Todo Tempo.

Faça todo tempo o tempo todo. E todo tempo se fará
Faça-se Presente, para o Presente se fazer: Você
Faz a tua parte em cada ação,
faz da tua ação atuação.

Faz a tua ação se refletir,
Faz aquilo que tu refletir.
Faça tudo que teu coração mandar
E então, teu coração que vai mandar…

Teu coração que vai brilhar,
Que vai dar cor à tua ação,
E a tua ação vai se transformar
Naquilo que tu desejar.

Faz acontecer, se faz Você…
Faça, filho, o teu Ser atuar,
Pois eu quero ver o meu plano pra você
Se concretizar.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu quero ser como a Lua

Eu quero ser como a Lua,
e voar em volta da Terra,
Iluminando a escuridão da Noite,
Lembrando que o Sol ainda brilha.

Eu quero ser como a Lua,
Para refletir o Cristo,
e assim ser visto…
Lembrando que amanhã o Sol brilhará mais.

Eu quero ser como a Lua,
que não é a Luz, mas ilumina
transmitindo um brilho puro, prateado
Que é apenas parte de um raio maior, dourado.

Eu quero ser como a Lua,
que coordena o invisivel e imperceptível em nós
Eu quero ser com a Lua,
que em seu brilho claro traz a memória da batalha: Jorge

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Índios que falam em meu coração

Índios falam em meu coração…
Eles me dizem: honre sua tradição.
Índios falam em meu coração…
Falam sobre meus antepassados, sobre minha criação.

Índios de rostos pintados para a Paz,
de cocares com penas para o lado.
Os índios que falam em meu coração
Ocupam grandes posições devido aos seus resultados.

Índios que estenderam suas mãos ao Inominável
Coruja Marrom, Touro Sentado, Chefe Seattle…
Índios que Obram pela Luz… Todos falam em meu coração.
E eu agradeço pertencer à sua sintonia e vibração.

Quero você…

E se eu vivi até hoje sem te ver…
Se eu não te vi crescer…
Será que preciso tanto ter você do meu lado hoje?
Será que essa ânsia que eu sinto é amor? É paixão? ou mera curiosidade?

E eu que não quero ser curioso,
que quero encontrar e conviver, mais do que ter…
Tento não te respirar em cada inspiração.
Mas só escrevo ao pensar em ti, mulher…

Que farei, que farei… Se és a minha inspiração?
Que farei se meu sonho é só você,
E até acordado tenho me posto a sonhar?

Serei eu um possessivo?
Pois tu és a minha inspiração…
e eu, sinceramente,
Não quero expirar…

Quero você em meus pulmões,
Em meu peito todo, e em minh’alma
Quero você em mim e eu em você.
Quero você, quero você…

Quero a sua simplicidade,
Sua espontaneidade…
Seu perfume… como eu quero seu perfume…
E os seus olhos reluzentes, para brilharem no meu peito.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uma taça de vinho tinto

A vida é como uma taça de vinho tinto,
Um Cabernet Sauvignon, com seu sabor adstringente
Possui uma textura aveludada que nos envolve
Mas nem todos sabem apreciar sua característica pungente.

Ainda como a taça de vinho tinto,
A vida é feita para se experimentar delicadamente
aos poucos, primeiro avaliando o perfume da experiência
depois, seu sabor em si, moderadamente.

Entretanto, também na vida e na taça de um bom tinto seco,
precisamos equiparar as experiências marcantes
Com um copo de água pura e cristalina.
Posto que somente o Sauvingon nos faria ébrios.

A vida e como uma taça de vinho tinto.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Vamos sonhar felizes

Venha e me dê as mãos,
Vamos juntos sonhar felizes,
Viver nossa paixão
E ser do Divino aprendizes.

Venha e me dê as mãos,
Vamos juntos sonhar felizes
Semeando Amor e União,
Voando livres como os perdizes…

Estou apaixonado

Estou apaixonado, e não só por uma mulher.
Estou apaixonado por uma causa,
e por suas experiências,
Estou apaixonado por tudo que há e o que não há no mundo.

Estou apaixonado por Tudo,
Pelo Todo, Pelo verso e pela estrofe,
Pelo Uno e por ti. E por mim também…
Estou apaixonado por Tudo.

Por um nada tão completo que me faz repleto de prazer,
Mesmo sem te ver, mesmo sem te ver,
E por essa poesia que flui por mim,
Até por ela, incompleta em seu desenvolvimento,
Até por ela estou apaixonado.

Sonhos

Já que não tenho café, tenho a cama,
e sonhos…
Com a garota dos meus sonhos…

Caminhando nas nuvens, na ponta dos pés,
Os dois juntos, eu e a garota dos meus sonhos,
Assistindo a Lua no horizonte,
Sob os auspícios das estrelas…

E essas luzes do passado,
que nos vigiam no presente
Que estarão a pensar de nosso futuro?

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Soneto Universal

Discernir entre paixão e sentir
É tão difícil que me faz temer
Mas ao olhar para ti
Me desfaço do medo de me perder

Pois te ver é me encontrar
Nas profundezas de seu olhar
Que guarda em si os oceanos
E as estrelas do céu

E o fogo em meu peito,
Que não para de arder
Me leva a um estado de graça
No qual tudo que posso é agradecer

Agradecer ao sol por me esquentar,
À noite, por refrescar
Ao amor, por acalentar,
E ao sofrimento por ensinar

Agradecer à Terra e ao Mar,
Ao Ar, o Fogo, o Éter e outros mais,
Agradecer também aos elementais
Às fadas e aos duendes.

E nessa dança de gratidão,
Compreender o segredo fractal
De que o Universo é uma eterna dança
Repetindo cada verso de um Soneto Universal

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lua, onde na?

Lua na, imensidão do mar
vejo teu brilho, mas não consigo te encontrar…
E eu, que te quero pura…

Ó Lua, onde na?

Certa vez

Certa vez um poeta me disse
que escrever sobre o copo,
é escrever sobre o vértice,
Mas e onde fica o horizonte, nisso tudo?

Onde poderá a Lua naScer?
Onde poderá ser?
Onde poderei estar?
Ao escrever sobre o copo, onde está o amor?

Não sei onde a Lua poderá Ser…
Alguém sabe me dizer?

sábado, 27 de março de 2010

Bem Melhor

*** Obrigado, Dr. Celso ***

- Como vai a sua Mente, filho?
- Bem Melhor, senhor, Bem Melhor.

Quando ouvi falar de ti,
Não imaginava tanto saber
Quando resolvi te seguir,
Não esperava tamanho crescer

Tua ciência me trouxe consciência
De minhas influências e sugestões,
De minhas descrenças e limitações.
Me fez questionar: E eu, em que nível estou?

E eu, que tenho feito por um Mundo Bem Melhor?
Mas se perguntas de hoje senhor,
Bem Melhor, minha Mente vai Bem Melhor.

Baú de respostas

Remoendo meu baú,
Encontrei ali muitas respostas
para os traumas de meu passado.

E me soou tão engraçado,
perceber que antes do trauma surgir,
eu já cantara a bola, e assinara embaixo.

Dor

Ah, essa dor tão aprazível,
Que sinto em meu coração
A dor de amar tão fundo, tão forte,
que o próprio amor se cala, em respeito.

Ah, essa dor, no fundo do peito,
que consente explosões de emoção
Como fogos de artifício dentro de mim,
Numa pirotecnia de êxtase espiritual.

Conforme cada pétala se abre,
O orgulho, a vaidade, o desejo,
todos se vão... e resta apenas o amor,
livre, desfilando em seu auto-respeito.

Numa reverência ensaiada,
me curvo diante de meu Mestre e Senhor.
A fagulha Crística que, dentro de mim, reina soberana
e saboreio a sua beleza eterna, tão distante da mundana.