Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

sábado, 7 de agosto de 2010

Meu Heterônimo

para Marcelo Borges, pelas noites de conversa frente à mata mágica…

Eu também criei um heterônimo para mim…
Seu nome é Fernando, e como diversão,
cria seus próprios heterônimos.

Fernando é uma Pessoa singular,
Tem óculos redondos, nariz reto como seu caráter,
Um curto bigode e está sempre de chapéu.

Seu terno é velho e surrado, pois ser tradutor,
ainda que talentoso, não lhe rende muito dinheiro.

Mas Fernando, embora não saiba,
pressente o que está construindo.
Um futuro moderno, sólido, retilíneo como seu nariz.

Uma pena que este futuro já tenha até data programada
e ela seja posterior a sua morte.

Mas dessa vez, os jornais ditarão:

Morre mais uma vez Fernando Pessoa, desta vez, reconhecido em Vida.

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