Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

domingo, 25 de novembro de 2007

A Lua

Lua, Lua, Lua...
Quantas são as tuas fases?
Quanto duram teus minguantes?
Quantos beijos de amantes?

Lua, Lua, Lua...
Onde escondes teu São Jorge?
E teus segredos femininos, Lua,
onde guardas teus segredos?

Lua, Lua, Lua...
Tu és feita de que queijo?
Como brilhas no alentejo?
me responde, oh Lua!

Lua, Lua, Lua...
Quantas noites conversamos,
Sem que ambos nada dissessem?
e, oxalá, quantas noites 'inda conversaremos?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Se parti, foi por amor

Espero não ter partido seu coração
e se parti, foi por amor
Parti para longe, e perdido.

Me perdi quando parti
em mil pedaços de quebradiços.
E perdi o seu calor,
mas o que senti não foi só dor.

Me parti quando perdi
a certeza de te ter.
Mas ganhei um amor
que jamais irei perder.

Os tambores de Ogum,
de Oxum e de Iansã
rufam hoje a amanhã
plenos e altos em meu coração.

Me escondi numa caverna,
debaixo da terra, longe de tudo
e no ventre da Grande Mãe
chorei, conformei, recompûs.

Como fazem todos, cedo ou tarde,
Me recompûs, sorri e superei
e novamente caminhei.
Hoje saio novamente da caverna.

E já me aguardam as silhuetas conhecidas
de Platão e de seu instrutor.
Para me instruírem outra vez.
Sobre o Mundo das Idéias.