Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Se parti, foi por amor

Espero não ter partido seu coração
e se parti, foi por amor
Parti para longe, e perdido.

Me perdi quando parti
em mil pedaços de quebradiços.
E perdi o seu calor,
mas o que senti não foi só dor.

Me parti quando perdi
a certeza de te ter.
Mas ganhei um amor
que jamais irei perder.

Os tambores de Ogum,
de Oxum e de Iansã
rufam hoje a amanhã
plenos e altos em meu coração.

Me escondi numa caverna,
debaixo da terra, longe de tudo
e no ventre da Grande Mãe
chorei, conformei, recompûs.

Como fazem todos, cedo ou tarde,
Me recompûs, sorri e superei
e novamente caminhei.
Hoje saio novamente da caverna.

E já me aguardam as silhuetas conhecidas
de Platão e de seu instrutor.
Para me instruírem outra vez.
Sobre o Mundo das Idéias.

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