Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Tu

***Para todas as mulheres, mas, ao mesmo tempo, para uma só.***


Andei a pensar no que me dissestes, sobre não poderdes inspirar... e devo dizer que concordo! Não poderia mesmo, o melhor dos poetas, inspirar-se em ti, mulher.
Inspirar-se, em algo ou alguém, é usar disto para encontrar a inspiração. É como usar uma droga para encontrar prazer. um meio, e não um fim.
E justamente por isso, não poderiamos, eu nem ninguém, nos inspirar-mos em ti. Pois tu não és meio, senão fim.
És a inspiração propriamente dita, minha cara. É isso que as mulheres são, INSPIRAÇÂO. Todos os poetas, de todos os tempos, usaram da mulher, em todos os seus aspectos. Alguns usaram do sexo, e disso não passaram. Poesia banal, essa que fala do prazer sexual, mas inegavelmente fala da mulher. Outros usaram de teu corpo, de teus seios, e até, mais sublimemente, do teu olhar e teus perfumes. Poesia ainda meramente carnal, mas já me servi tanto destas que tenho que aceitar seu grande valor.
Porém, hoje, ao rabiscar estas palavras, bebo da fonte primeira da inspiração. Bebo diretamente da alma da mulher.
A alma da mulher é a alma do poeta, posto que é o mais próximo de Deus que o poeta poderia chegar neste mundo. A alma da mulher não transcende, feito a do homem, ela é a própria transcedência. É a nascente de todo rio, e a faísca de todo fogo. É a pedra-fundamental de toda obra, e é o ar, que permite ao obreiro construir.
Tu choras, por crer-se pouco, e isso só te faz mais do que já és. A única mulher em que poeta algum encontra inspiração, é aquela mulher amarga, de cara amarrada. Nelas, nem inspiração sexual existe, pois se afastaram delas mesmas, e por isso soam tão poéticas quanto a fedentina. Estas buscam ofuscar-se com brilhos e brilhantes.
Portanto, se não lhe deram o valor devido, mulher, não te creias desprovida do mesmo. Não te sustentes nos erros de outros para que erres também, perdoe-os, não sabem o que fazem!

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