Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

sábado, 24 de novembro de 2012

Saudades de Lídia

Ah Lídia, quisera todas as mulheres fossem como tu
que em outra vida, foi-me amada consorte.
E se fossem elas, calmas e plácidas como tu,
Teríamos, todos os homens do mundo, infinita sorte.

Saudade da época em que para sermos felizes,
Em nossa poesia natural, sentávamos de mãos dadas
E víamos transcorrer o rio, e rolar as águas,
E ouvíamos os pássaros cantarem e víamos as borboletas voarem.

Sem métrica, ou sentimentalismo.
Natural como a Natureza, sutil como a certeza
que só nós tínhamos, de que aquele momento nos faria eternos.
E veja você, Lídia, ele já correu os séculos.

Mas as mulheres de hoje, não são como tu.
São quase todas frágeis, em suas casca de coragem,
E por temerem a dor, se renegam a Felicidade.
E com medo do abandono, se agarram à individualidade.

Ah Lídia, quisera poder expressar-me em fala reta...
Mas sequer uso a prosa para dizer o que sinto,
E então é nessa metáfora d'outra vida (será?),
que me vejo livre para esconder meus pensamentos.

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