Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Gira a roda

Gira a roda,
Perfeita em cada engrenagem
Gira a roda,
Gira e faz a moagem

E eu que não entendo
Que o grão que não vira pó
não acaricia olfatos
com seu cheiro de café.

Reclamo de nariz em pé
Pela moagem doer no grão
Sem ver que a farinha
é que faz o pão

Gira a roda,
Roda e gira,
que samsara é eterna
enquanto a verdade hiberna

Gira a roda
E me leva de volta
Pro lugar de onde eu vim
E me leva pra mim

Gira a roda
Nem sempre reta
a roda sõ não gira
quando está em teta

Gira a roda
Irônica roda
que me faz perguntar
de que me serve a letra

Gira a roda,
que a volta é grande
e a tristeza, infante

Gira a roda,
Que de nada me vale
Engrenagem parada
Vida refreada

Me vale apenas
Da roda, o girar
e de ti, o olhar...
olhar que nunca vi

Um comentário:

  1. e gira, e vai girando, de que valeria caso nao girar ???


    abraços mikael

    até outros encontros poeticos

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