Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Noite de Luar.

E como num dia eu prometi,
Hoje minha mão eu te estendi.
Como um sonho vívido, desperto,
Vivemos nossa sublime relação.

E sentados na varanda,
Numa noite estrelada de Luar,
Vamos juntos sonhar
Com o dia que a varanda seja uma só.

Mas se hoje não é a mesma varanda,
Nem o mesmo sofá
E você nem tem meus braços a te cercar,
Pelo menos a mesma Lua nós temos a iluminar.

domingo, 5 de maio de 2013

Hai-Kai's

Três hai-kai's escritos ontem::

Sol

Doira o Sol, distante,
E se lhe curvam
Todas as coisas Reais.

--//--

Fruto

E quando a floresta
Render desejo
Colha a fruta do pé.


--//--

Ritmo

Tropeçou em sua pressa
e caiu em si:
Tudo que há, tem ritmo.

domingo, 7 de abril de 2013

Passado

O passado faz parte de mim
Como um açoite, ou um deleite
Como uma culpa, ou um presente

domingo, 24 de março de 2013

Cicatrizes na Lua

Anseia o homem viver
sem cicatrizes no peito
E segue a vida sem perceber
que até a Lua possui as marcas do Tempo.

Com fundo

Não vim pra esse mundo para esclarecer.
Se fosse para ser assim, teria eu vindo profeta.
Não, não, não. Eu não. Deus, me fez poeta.
E poeta que se preza, Presta sua vida a confundir.

Portanto, cumpro minha sina e confundo.
E como qualquer outro vaso com fundo,
Uma vez repleto de minhas implenitudes,
transbordo-as para a minha volta.

Mas de tanta implenitude profusa,
que se espalha por ai,
acaba o poeta por servir de maneira confusa
ao esclarecimento do mundo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Chronnos (English Version)

From the original portuguese poetry, Chronnos

Oh, Time, Time,

Who could bend your pointers?
Who could deprive you of domain?
It remains to us mortals Patience, Virtue beautiful.

Unwavering partner of death,
Without which it would lose its influence on the Human Mind,
Ye thou steadfast and constant in its mission to remember that
Sooner or later, ineffably, even stars turn to dust.

Oh, Time, Time,
Turn your pointers, turning day into night
Run your sands, making summers into winters
Move your shadows, turning years in millennia.

And unchanging, constant and impeccable
Continues eternal and youthful Time,
Leading seeds and civilizations
From Dust to Fullness, and back to dust.

Fogo-fátuo

Ardeu, tal qual fogo-fátuo,
minha paixão por ti.
Numa combustão acidental
Que aos que rondavam, fez alardarem-se.

Como que sem combustível — visível,
queimava etéreo o fogo-fátuo em meu coração
Fato é que não seria mais que fátuo,
Néscio, sem coerência, embora dotado, sim, de consequência.

Queimou — aéreo — e fez fumaça,
e fez alarde em meu coração e no de outrem
Mas não foi mais que faísca no seu.
E a brasa em seu peito, que fátua, sequer existiu,

Deixou-se tomar pelas cinzas da razão,
e o lume que por umas noites se viu,
Tal fogo-fátuo, que por sobre a lápide queima
No mesmo cemitério em que brotou, conforme seu fado, sumiu.