Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Releitura de Viver


O texto a seguir é uma releitura de uma das primeiras poesias postadas neste blog. Na época em que escrevi Viver (dez/2006), a vida me parecia nada além de uma espiral de cores lindas e hipnóticas. Talvez não passasse disso mesmo, à época.


Hoje, vi que há cenas em preto e branco, assim como cenas coloridas. Há calmaria e tempestade. Aprendi que na vida, temos momentos onde tudo parece perfeito e outros de puro desapontamento. mas que em momento algum, aqueles que sabem Viver, de fato, perdem a amizade da Vida. Então, escrevi uma releitura amadurecida do poema Viver, bom proveito:

Eu fiquei mesmo amigo da Vida, e ela não me desapontou. Como prometido, me colocou para ver seu espetáculo de camarote. E de cima, afastado, pude compreender melhor as nuances da peça.

Observando as nuances, enxerguei as falhas dos atores e, como qualquer ser humano, me ressenti por uma atuação imperfeita, que afetava diretamente o meu espetáculo, o enredo que eu escrevi. Entretanto sou um homem de sorte, sou amigo da Vida.

E quando a Vida nos reconhece como AMIGO MESMO, Ela dá conselhos a seu próprio respeito, como uma narrativa do show. Ao perceber meu sincero ressentimento, a Vida parou minha peça por um momento, exibindo então cenas de minha própria atuação, nos espetáculos em que fui coadjuvante.

Reconheci, então, minhas próprias falhas e improvisos no enredo de outros autores, e assim a Vida me ensinou uma grande lição sobre os erros dos outros: a ACEITAÇÃO. Mas tendo a Vida percebido que eu já havia aprendido bem a lição, ensinou-me ainda uma lição que está acima da aceitação: o PERDÃO. Ao PERDOAR, compreendi a divindade da falha.

Então tornei-me profundamente grato aos outros atores por sua atuação impecável e chorei, emocionado pela PERFEIÇÃO da VIDA. Agora, ainda mais atento ao espetáculo, busco tornar-me cada vez mais impassível aos erros e acertos de meus companheiros de palco, pois algo me diz que assim, o final poderá ser mais feliz. Enquanto o teatro não chega ao fim, no entanto, tenho a certeza de viver o momento atual com leveza... E portanto, Feliz.

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