Dedicatória

Dedico este blog a todas as palavras a serem sentidas, a todos os sentidos a serem floridos, a todos os sorrisos e risos. Às pessoas prontas para sorrir e às maduras o suficiente pra chorar. Dedico a quem sabe amar e gargalhar... a quem pode se orgulhar! Dedico também à espontaneidade, que é mãe da boa poesia e da filosofia. e já que falamos da mãe, falemos também do pai, que é o sentimento que semeia a espontaneidade para gerar sublime deusa, poesia. Dedico à poesia, a poesia. Ao amor, mil utopias. Dedico este blog a quem me faz sofrer, já que o sofrimento é irmão do sentimento, que é pai da poesia. dedico também, e principalmente, aos amigos de verdade, àqueles que — nem eu nem eles — não têm falsidade.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Dentro de mim

Dentro de mim,
Florestas e vales
Rios e montanhas.

Dentro de mim,
Todas cores
Os beijos e flores.

Dentro de mim,
O canto do indio
guerreiro lakota


Dentro de mim,
o caminho vermelho
o segredo final.

Dentro de ti,
Wakan Tanka,
Estou dentro de ti.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

América

No murmúrio
dos teus vales,
Me perco a chorar
belezas, cicatrizes no olhar

Nos seus fartos seios
de mãe boa e feliz
dou um beijo doce
Com sabor de aniz

tuas florestas verdes
teus perigos eminentes
tudo em ti emana a glória
de uma nova era

Ah, mãe terra,
Terra mãe,
América

Teu povo inspira tua bondade
fortalce-se e expira devoção
o toque do teu tambor
conduz à guerra do amor

Seus rios que nos matam
o calor e a sede
transbordam a fertilidade
das mulheres mais belas da terra

Ah, mãe terra,
Terra mãe,
América

Seu fogo nos traz a magia
que sustenta a batalha
na bandeira da nova etnia
se esconde tua cara

sem medo de lutar,
seus filhos sorriem ante a dor
braços grossos de guerreiros
plenos de amor

Ah, mãe terra,
Terra mãe,
América

Os guerreiros mais fortes
as mulheres mais sadias
de um povo vencedor
são filhos de tua cria

Sofrimentos indizíveis
Guardam nossa aurora
mas teu carinho nos dá força
teu ventre nos aquece

Ah, mãe terra,
Terra mãe,
América

O novo povo aqui habita
a nova vila aqui se esconde
a gerar um mundo bom
Cheio de sorrisos e abraços

todas as tribos cantam em teu nome
a batida pé-no-chão e as penas no cabelo
Guerreiros e sacerdotisas de todos os templos
mantém-se aqui, em segredo.

Ah, mãe terra,
Terra mãe,
América

A nação vermelha se põe em pé mais uma vez.

Muitos, em todas as américas, foram os líderes indígenas que falaram calmamente sobre o dia em que a raça branca se veria em suas mãos novamente, e que nesse dia vingança melhor não haveria que um quente abraço lakota, tupi, quéchua, maia ou inca. Muitos também são os brancos ainda hoje se riem de tais afirmativas insanas e pensam: "pobres, não sabem que honrar o amor é pedir pela dor?"

Pois saibam, queridos irmãos brancos, que hoje estamos aqui, de volta, todos os defensores do amor supremo indígena. nos vestimos com as peles de vocês, e vivemos em sua sociedade, em todos os seus níveis. saibam, caros irmãos, que em breve vocês verão o que é uma batalha contra a grande nação vermelha. E, quando todos nós nos mostrarmos a vocês, mas acreditarão no que está ocorrendo, e logo seus filhos e esposas correrão não de nós, como no passado os nossos correram de vocês, mas para nós, pois será inegável que apenas a nação vermelha se manterá em pé.

Mitakuye Oyasin (Por todas as nossas relações! Somos todos irmãos!)
Vento que uiva

Muitos dos Lakota hoje vivos, em pele vermelha, não guardam mais o estado de espírito que nos define. caíram na amargura pela qual seus antepassados passaram sorridentes, e olvidaram Wakan Tanka, o Grande Mistério. Crêem, desgraçadamente, que a sua atual situação é toda culpa da raça branca que lhes roubou a terra e as crenças, e portanto não honram mais o nome Lakota.

Porém, enquanto a raça branca se degrada mais e mais, alguns entre eles, de pele também branca, nasceram com o espírito vermelho. São Lakotas cheios de uma experiência inacreditável, que não pode ser medida pelo formato de seus rostos.

É nas mãos de tais guerreiros que a guerra será decidida, no braço a braço da batalha. Nós, da nação vermelha, nos sentimos muito felizes em poder fazer parte dessa manobra, e eu afirmo: sou, assim como todos os lakota presentes na terra, parte fundamental dessa batalha. nós já nos reunimos e o exército vem ganhando cada vez mais e mais forças, portanto, irmãos, comecem a cuidar, pois quando o uivo que dá início à batalha for ouvido, não haverá mais volta.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Vento que uiva, vento que baila

Bailando no vento,
Tu vieste como um soco no peito
que implodiu meus alentos
Meus desejos e arquejos.

Nada sobrou dessa batida
de vento que uiva
com vento que baila
e os dois se entrelaçaram

um bailado sussurante,
Me surgiu
um uivar dançante
a mil gritos explodiu!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Nada

— Nada,
Não aconteceu nada,
absolutamente NADA



— Então como estás assim?



— Justamente por isso
Pois Nunca acontece NADA.



É sempre um nada que me faz
Sentir de menos
Sofrer horrores
Chorar demais
Pedir amores

É sempre um nada que não me deixa
Chegar em casa,
Vencer a luta
Amar a causa
e a Labuta

Mas não importa,
pois mais essa vez foi o nada
e o nada nascerá
e o nada não será

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

De uma vez por todas

— solta, de uma vez por todas tua pedra!
larga ela se queres amar
só soltando tua pedra podes alcançar
a mão que a ti estendo
a mão que não tem dono, senão tu.

— não, não solto, a pedra me protege
tu queres apenas se aproveitar por eu te amar.
Não largo, não largo e não largo.

— esquece isso meu bem, vem que te dou minha mão,
meu corpo e minh'alma
— que, aliás, já a teve ontem à noite —
mas precisas largar essa pedra.

— Não posso, prometes tu'alma,
mas não posso compravar tua promessa,
si a largo — a pedra — e não ganho tu'alma,
que fica pra mim? nada! nem pedra nem amor!

— que falta te faz essa pedra sem minha mão?
não sairás do fundo do poço onde te encontras
se largas a pedra e não ganhas minh'alma, nada muda
basta tu abraçar tua pedra querida novamente.

— não sei, não sei.

— decida, de uma vez por todas!
minh'alma ou tua pedra?

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Nos vemos

nossos braços trespassados,
os fogos de artifício,
os seus lábios molhados
e o nosso sacrifíco

Tudo junto, somado
aos nossos corpos agregados.
um só ser que emana pureza
beleza eterna e perfeita.

Nos vimos lá... tão perto
Nos vemos lá... mais perto

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Carícias... Malícias...

Pego a tua mão,
e te puxo bruscamente.
Envolvo tua cintura,
feito um doido varrido.
Carícias... Malícias...

Tua pele me queima
e eu vibro de prazer.
Tua boca me arde
e eu estremeço ao gemer
Carícias... Malicias...

corro a mão na tua espinha,
corre o fogo dentro dela,
te aperto mais
te espremo... Mais!
Carícias... Malícias...